Autor: Aristoteles Drummond
Ninguém duvida, nem este governo, que o Estado-empresário faliu. Logo, é hora de vender ativos e não apenas fatias. Inclusive por inexistir investidor que queira ser sócio minoritário do Estado, que é mau gestor, quando não passível de abrigar corruptos.
Foi em 1970 que conheci e me apaixonei por Lisboa. Nascido e criado em família identificada com a lusitanidade – meu avô, Augusto de Lima Júnior, cumpriu missão diplomática em 1940 , tendo meus pais vivido dois anos inesquecíveis em Lisboa – foi um amor preparado, natural na minha geração em que se procurava acompanhar os pais e avós.
Semana passada, Murilo Badaró teria completado 84 anos. Poderia estar ainda conosco e prestando inestimáveis serviços a Minas e ao Brasil. Especialmente mostrando aos mais jovens que pode se fazer política com austeridade, probidade, espírito público e muita coragem.
No Brasil em que quase tudo tem uma interpretação diferente do resto do mundo, a responsabilidade social é tida apenas como os deveres assistenciais do Estado, da legislação trabalhista e da disposição de empresários em de fazerem promoções voltadas para os mais carentes.
No Brasil, defender o liberalismo econômico é uma atividade quase que clandestina entre os políticos. Até os que fizeram o país avançar na diminuição do Estado e na abertura da economia não gostam de tratar do assunto em público.
A essa altura o sucesso das Olimpíadas passa a ser questão de honra nacional. Os jornais estrangeiros especulam até mesmo sobre a mudança para outra cidade. A dignidade do Brasil está em jogo e todos devem unir esforços para que o zika, a crise na economia, na política e até na paz social não venham a servir de pretexto para afastar ou dificultar o grande evento que vamos sediar em agosto. A essa altura o sucesso das Olimpíadas passa a ser questão de honra nacional. Os jornais estrangeiros especulam até mesmo sobre a mudança para outra cidade. A dignidade…
É curioso que o Rio de Janeiro ao mesmo tempo em que executa um grandioso programa de obras públicas, comparáveis no volume e na repercussão na vida da cidade as operadas por Pereira Passos e depois por Lacerda e Negrão de Lima, conviva com o descaso das autoridades em relação a detalhes muito importantes.
Essa confusão toda em torno da Petrobras se deve a presença de interesses políticos desde sua fundação. Na verdade, a ideia de Vargas foi a de criar uma grande empresa nacional de petróleo e não um monopólio – isso foi incluído curiosamente pela oposição de então, a UDN do deputado Bilac Pinto, autor do privilégio.
Os papéis emitidos pelas empresas brasileiras no mercado internacional estão cotados a preço de banana. Algumas, como Gol, Vale, Usiminas, Gerdau, CSN, podem ser adquiridas por um terço de seu valor de face. São organizações importantes, empregadoras de mão de obra de qualidade, que poderiam ter uma ajuda criativa nessa crise que atravessam.
O país está derretendo na economia e marcha para grave crise social. A confusão política, que vem se arrastando e provocando a intranquilidade no país tem de ser resolvida para que o já sofrido povo não seja penalizado de forma cruel.
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