Autor: Aristoteles Drummond
Essa história de avanço da extrema direita fartamente apontado na mídia, em geral, não corresponde à verdade. A começar por não existir extrema direita, restrita a um grupo insignificante em alguns países como a Alemanha. O que existe é uma reação dos povos que votam em relação a uma esquerda populista e corrupta, que trava o desenvolvimento econômico e social com paternalismo gerador de dependência do estado das camadas mais carentes da população. Este grupo tem o velho discurso do “nacionalismo”, da crítica aos EUA, da luta de classes. A pauta destes governos não tem afinidades com as questões que…
Os anos áureos da diplomacia brasileira terminaram no governo Geisel, quando o então chanceler Azeredo da Silveira desviou a política externa da Revolução do alinhamento com os aliados tradicionais, EUA e Europa Ocidental, base da União Europeia. Na questão, foi Geisel quem adiantou-se em reconhecer o governo de Angola, sabidamente alinhado a Moscou, e antes o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o novo governo português no 25 de Abril. Mesmo na gestão de Afonso Arinos, no governo Jânio Quadros, os membros da casa de Rio Branco ainda eram no nível dos tempos do pai do chanceler, o “estadista…
O Rio de Janeiro tem uma tradição pouco conhecida no histórico de sua representação política que mostra uma postura nacional e não bairrista de seu eleitorado, desde sempre. Herança de século de capital do Brasil. Foram votados e tiveram influência homens públicos originariamente de outros estados brasileiros que acabaram fazendo política na então capital da República, no Estado da Guanabara e no Estado do Rio. Os exemplos são muitos. Nelson Carneiro, o deputado e senador de três mandatos, figura respeitada e reverenciada, teve um primeiro mandato como deputado federal pela Bahia. Outro baiano adotado pelo eleitor carioca foi o notável…
Existe um verdadeiro complô no ocidente contra o pensamento – e lembrança – popular em relação à monarquia. Uns, não apenas as esquerdas, muito atuantes como se sabe, mas setores ingênuos das classes médias não param para avaliar o passado. Todos os países que viveram a monarquia sabem que as repúblicas não acrescentaram nada aos povos, quando não prejudicaram na questão política, social e econômica. Mas promovem uma cortina de silêncio, que curiosamente não atinge a boa parte das sociedades. No Brasil, raras unanimidades são as avaliações de todos, incluindo gente humilde e de pouco conhecimento de história, de que…
A Revolução de 64 na arrancada de desenvolvimento econômico e social do Brasil, que nos elevou da 46ª economia para a oitava, recrutou talentos nas Forças Armadas e nos chamados tecnocratas. Homens preparados e sem militância política. Assim foi com a safra dos coronéis, como Andreazza, César Cals, Jarbas Passarinho, Ruben Ludwig e profissionais preparados, como Mário Trindade, que foi o primeiro presidente do BNH, Camilo Pena, o consolidador do ProÁlcool, Alysson Paolinelli, que lançou as bases do agronegócio relevante, Eliseu Resende, nos transportes e portos, e Pratini de Morais, tendo os três últimos aderido à política com mandatos…
Nesta urgência de se melhorar a classe política brasileira, fundamental para a saúde de nossa democracia, cabe lembrar os benefícios em passado recente da presença de empresários e militares na vida pública, em mandatos eletivos. Curiosamente depois de 64 é que não houve renovação. Foram poucos os notáveis do regime militar com mandatos, como foi o caso de Jarbas Passarinho no Senado. César Cals também foi senador, e Paulo Torres. Mas antes, a partir de 46, foram relevantes os senadores como Gilberto Marinho e Caiado de Castro, no antigo Distrito Federal, e deputados como Amaury Kruel, Epaminondas Santos e Menezes…
Logo após a renúncia de Jânio Quadros, o notável jornalista David Nasser publicou em “O Cruzeiro “artigo com o título acima. E vale lembrar daquele momento vivido pela democracia brasileira inexplicável à primeira vista, pois foi a eleição depois do governo JK, que apesar dos problemas com a inflação decorrente com os gastos na construção de Brasília, foi positivo, realizador e em clima de paz. JK anistiou dois movimentos de oficiais da Aeronáutica. Seis milhões de votos foram dados a Jânio, a maior votação da história, quase o dobro do recebido por JK cinco anos antes. A votação foi, salvo…
O país tem assistido a uma série de manifestações de empresários sobre a orientação da política econômica do atual governo, a partir do desabafo de Rubens Ometto, e na mesma linha Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles. São muitos os alertas dos homens que fazem a riqueza circular, empregam e pagam impostos. A par dos empresários, os economistas em geral têm se manifestado pessimistas com os fatos relacionado à política fiscal, gastos e endividamento público, gestão temerária nas estatais, fatores que inibem o investimento e alimentam a inflação. Entre empresários e economistas, questões políticas e ideológicas não são levadas em…
O brasileiro continua a amar futebol, acompanhar os diferentes campeonatos em disputa, prestigiar seus times do coração. Mas parece estar convencido de que já não somos favoritos nas Copas. O sucesso e o dinheiro que circula destruíram os pré-requisitos para a formação de um time homogêneo, unido e integrado. Jogadores jogando no Brasil são minoria. Razão tinha o presidente João Figueiredo, que certa vez comentou que a seleção deveria ser escalada entre jogadores que atuavam no Brasil no momento da convocação. Mas o natural saudosismo em relação à geração que nos deu tantas Copas pode muito bem se estender à…
Duas revoluções marcaram o Brasil e Portugal no século passado. A de 64, no Brasil, conservadora e de direita, e o 25 de Abril, em Portugal, assumida pela esquerda em 1974. A narrativa é a mesma, procurando desinformar as novas gerações. No Brasil, não foi um golpe de estado nem uma “quartelada”, como registra o noticiário insistentemente. Foi a união do governador de Minas, Magalhães Pinto, eleito diretamente e político relevante, com as guarnições militares no estado, com o comando de dois generais, Mourão e Guedes. Promoveram o levante com forte respaldo popular, na mídia em geral e nas classes…
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