Autor: Aristoteles Drummond
Quem anda pelas mídias sociais, acompanha comentários de rádio e televisão, chega à conclusão de que a sociedade brasileira perdeu o juízo e o sentido da razoabilidade com essa pandemia. Todos se deixam levar por uma absurda politização de uma catástrofe que já nos levou mais de 30 mil vidas. Uns chegam a negar os números divulgados, como que uma conspiração unânime de estados e municípios e uma ingenuidade ou incompetência do Ministério da Saúde, que atesta os números desde o início. Infelizmente, parece existir é justamente o contrário, uma substantificação, natural por envolver milhares de municípios. Outro absurdo vem…
O governo do Rio de Janeiro ainda não disse a que veio em termos de projetos desenvolvimentistas, na retomada do crescimento pós-pandemia e recuperação do emprego. Nenhuma iniciativa prática, fazendo derreter a economia, o social, os serviços e matando um inestimável patrimônio que é o turismo atrativo no mercado nacional como no internacional. Preocupado em fazer política e alimentar sonhos absolutamente inalcançáveis, seja a simples reeleição ou uma aspiração federal, hoje olhada como que ridícula, o governador nem soube lutar pelo prosseguimentos de obras fundamentais como todos os acessos rodoviários da capital ,estradas federais . A nova subia da serra…
Além do drama da pandemia, que enluta milhares de famílias pelo Brasil, e preocupa a todos, temos tido outros tipos de problemas, estes absolutamente desnecessários. A sociedade parece ter segmentos doentes, afetados pela pandemia no comportamento. Exemplo são aqueles que insistem em negar a dimensão das mortes registradas, que seriam de outras moléstias que não a Covid-19. Dados falsos não teriam proveito algum, muito menos não se pode admitir que, durante dois meses, o Ministério da Saúde não tenha detectado falhas maiores – erros sempre existem – que exigiriam ação da PF, do MP, federal e dos estados, a mídia…
A posição de Minas quanto à COVID-19 no cenário nacional é bem um retrato da sociedade formada pelos homens das montanhas. Disciplinado, ponderado, desconfiado e prudente, o mineiro, por vias das dúvidas, assumiu uma postura compatível com o isolamento responsável e nem por isso, especialmente no interior, deixou de exercer atividades produtivas. O governo estadual, numa manifestação impressionante de afinidade com a cultura popular, foi prudente em montar amplo esquema de saúde para a hipótese de aumento nas ocorrências, ao mesmo tempo em que manteve diálogo positivo com as autoridades federais. O governador Romeu Zema, que não é político profissional,…
O momento é de baixar a bola, como se diz. O presidente da República e os da Câmara e do Senado precisam se sentar à mesa e definir uma pauta positiva a ser votada, sem emendas, por consenso. Sem esquecer de levarem em consideração a gravidade do quadro político, econômico, social e da pandemia, que está realmente em preocupante evolução. É preciso um acordo em torno da volta à normalidade, de forma organizada, e do controle nos gastos que realmente já ameaçam nosso futuro, fazendo retornar os tempos da inflação. Sem uma economia respeitada, austera como deve ser nas crises,…
O Rio de Janeiro vive uma depressão política inimaginável. Depois da fusão dos estados da Guanabara e Rio de Janeiro, com o governo impecável do Almirante Faria Lima, que organizou o estado e foi responsável pelo último governo a olhar a agricultura, com o saudoso José Resende Peres, e outros homens de bem na sua equipe, como Laudo de Almeida Camargo, Woodrow Pantoja, Costa Couto, Josef Barat, Luiz Rogério Mitraud. Talvez Marcello Alencar tenha sido o único a apresentar um saldo positivo em termos de realizações. O episódio Sérgio Cabral foi triste, pois, se por um lado, cometeu tantos erros…
No próximo dia 22, Adhemar de Barros completaria 120 anos. Este paulista, que governou o Estado por três vezes e foi prefeito da capital, foi o primeiro homem público a promover grandes obras e a dar a saúde um lugar de destaque. Oportuno, neste momento de aflição nacional e mundial, informar a muitos e lembrar a outros tantos o que foi a vida deste notável paulista, quatrocentão como se dizia antigamente, exemplar em iniciativas pioneiras. Muito jovem, Adhemar foi para o Rio de Janeiro fazer seu curso de medicina, na Faculdade Nacional, então a melhor do Brasil. Meu pai, seu contemporâneo, contava que ele era, nos anos 1920,…
A questão do dinheiro infelizmente divide famílias, despertam disputas. Nem todos são previdentes a ponto de deixar tudo bem explicado. João Carlos de Almeida Braga, falecido ano passado, por exemplo, deixou tudo muito bem definido e arrumado e, ao morrer aos 92 anos, nenhuma rusga entre seus filhos e a segunda mulher, sua companheira nos últimos 22 anos. João Carlos trabalhou até o fim da vida praticamente, tendo criado o melhor empreendimento imobiliário na região serrana do Rio, Quinta do Lago, em Itaipava. Viveu bem entre Rio, Itaipava, Lisboa e Miami, mas sem exageros Antonio Carlos, que está vivo, mas doente,…
Nestes dias de quarentena, a releitura de livros ativa lembranças e traz lições do passado, especialmente nas biografias e memórias. Neste sentido, as de Armando Falcão, figura presente na nossa vida pública por mais de 30 anos em posições de relevo na política, que acabo de reler, é importante. Ele foi testemunha e partícipe da história. Falcão foi deputado pelo Ceará, do PSD, destacado opositor de Getúlio Vargas, líder de JK na Câmara dos Deputados e seu ministro da Justiça, influente na crise da renúncia de Jânio, importante peça na articulação do que veio a ser a Revolução de 31…
O Brasil é o país dos disparates. Mesmo depois das operações como Mensalão e Lava-Jato, com o aplauso popular singular, e do voto em Bolsonaro, que foi um “basta” e um “chega” nos vícios de parte da classe política, a corrupção sobrevive, leve fagueira. O Judiciário passou a limitar a ação do MP, Polícia Federal e Primeira Instância, tendo como ponto alto o próprio Supremo, que reformou decisão anterior para soltar ladrões do colarinho branco, que passam a cumprir pena depois do “trânsito em julgado”, que para quem tem bons e caros advogados pode levar anos e anos. E o…
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