Autor: Aristoteles Drummond
Não existe verdade absoluta. A renovação é sempre saudável, mas não necessariamente quando se tem uma direção correta dando resultados. É aquela história de não se mexer em time que está ganhando. Por isso, cada caso é um caso.
Lisboa não está só no radar dos brasileiros reformados, ou capitalistas assustados com o evoluir da crise política após as imprevisíveis eleições de outubro próximo. Antes, era a leva de trabalhadores, mais de cem mil, a maioria adaptados, formando família.
Temos de trocar a agenda de bate-papo, mesmo que envolvendo assuntos a serem tratados no seu devido tempo e sem urgência, e cuidarmos da realidade. A sociedade parece alienada e até nós, da mídia, temos a nossa parcela de culpa ao abrirmos espaços exagerados a temas menos relevantes, face à crise pela qual passa o Brasil.
Na história do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o posto de embaixador em Lisboa mostra toda a importância e dimensão na ligação entre os dois países. Raras oportunidades em que o titular da Embaixada foi um simples funcionário de carreira e, quando o era, chegava a altas posições, tanto na República como na cultura.
Em todas as operações visando apurar casos de corrupção, não deixa de ser estranho a pouca importância dada aos imóveis ocupados pelos envolvidos e familiares. Muitos só fizeram política e passaram a morar bem, assim como os filhos, muitos sem atividade conhecida.
A energia é gerada por combustível. Alguns poluidores, como o carvão, praticamente em desuso no mundo, apesar de modernos filtros minimizarem seus efeitos; outros, como o petróleo, de alto custo e poluente; e nucleares, de alto risco ambiental. Por isso, ganham espaço formidável as gerações eólica e solar, que, talvez, sejam as do futuro, com maior produtividade nos geradores e painéis.
Um dos maiores mitos da história do Brasil foi a existência do escultor denominado Aleijadinho. E isso é fruto de um livro publicado 50 anos depois da suposta morte do personagem, que ficou outro meio século no esquecimento e foi requentado nas primeiras décadas do século passado.
O envolvimento da política e da ideologia em questões de segurança e conflitos de rua provoca imensas distorções. E a vítima é quase sempre a verdade. O Brasil volta a discutir fatos relacionados aos movimentos armados para a derrubada dos governos de 64 a 85 – embora tivéssemos o Congresso funcionando em relativa normalidade, a imprensa com certa liberdade e assegurados direitos fundamentais, como o de ir e vir. Ou seja, bem longe do que se passava em outros países de regimes fortes, como Cuba, modelo ideal daqueles que militavam aqui nos movimentos. Aliás, muitos, depois, se refugiaram na Ilha…
Verdadeira exploração ideológica as interpretações publicadas sobre a Península Ibérica durante a II Guerra Mundial e, em especial, a importância de Espanha e Portugal como rota de fuga dos judeus. Alguns diplomatas muito elogiados, portugueses e brasileiros, ajudaram com coragem, mas sabendo que as restrições de seus países eram “para inglês ver”. Nenhum dos governos fez restrições para valer.
Dois personagens fortes na história dos dois países acabaram com seus restos mortais divididos em circunstâncias diferentes: Pedro Álvares Cabral e D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal.
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