Autor: Aristoteles Drummond

Exemplo de maturidade à margem deste processo eleitoral singular que o país vive está no favoritismo registrado nos estados para candidatos com pouco envolvimento na tumultuada disputa pela Presidência da República. Os governantes bem testados na administração dos estados são franco favoritos. Afinal, votar para governador é para ter uma boa gestão, independentemente de ideologia ou partidos. A população, em geral, aspira saúde, educação, segurança e emprego. Prefere quem bem atenda a esta pauta, sem discurso vazio. As sociedades maduras votam pragmaticamente para ter bons resultados. E nos legislativos vota por ideologia, religião, corporativamente ou por amizade. Para governar, tem…

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Quando um homem público toma uma decisão politicamente justa e coerente com o real interesse popular, não precisa investir milhões do tesouro público. Pelo contrário, pode realizar ativos e melhorar a prestação de serviços públicos, como são os casos conhecidos das privatizações. Foi o que aconteceu no Rio com a emblemática privatização da Cedae, fortalecendo o caixa do Estado, em momento importante, enxugando e modernizando a parte que continua sob responsabilidade do Estado, numa política que terá resultado significativo em curto prazo. Já há melhora nos índices de saúde e mortalidade infantil da Baixada Fluminense. E o investimento em saneamento…

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O notável Carlos Lacerda, que foi um brilhante brasileiro, jornalista, escritor, floricultor, tradutor do francês para o português, conhecia música e literatura, político polêmico e bom gestor público, teve Portugal em sua vida e obra. Embora fosse crítico de Salazar, admirado e respeitado pela comunidade lusitana do Rio de Janeiro, sempre teve nas famílias portuguesas uma forte base eleitoral. Em um de seus livros, o delicioso “Uma Rosa É Uma Rosa É Uma Rosa”, de ensaios, Portugal está presente. Como floricultor nos últimos anos de vida, afastado da política pela perda de direitos políticos, dedicou-se às rosas em sua propriedade…

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No Brasil que vivemos, a pusilanimidade é endêmica. Vai das pessoas, inclusive aquelas que teriam o dever de defender a Justiça e a razoabilidade, a instituições públicas e privadas, que passam ao largo de absurdos sob o aspecto humano, legal, institucional, indignando a sociedade que está cansada com a indiferença em relação à impunidade, ao uso e abuso de dois pesos e duas medidas, conforme as conveniências de toda natureza. No campo político, estamos testemunhando uma campanha eleitoral marcada pela intolerância, a fraude intelectual e moral, a prática da calúnia, da mentira, das acusações infundadas e das insinuações desonestas. A…

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Negrão de Lima, o grande político brasileiro – e embaixador em Lisboa – costumava dizer que quanto menor a família, menos problemas para o político. Seria o caso do presidente Bolsonaro, que tem tido problemas com seus filhos homens, que são quatro. Três com mandatos populares eleitos pela marca Bolsonaro. O vereador no Rio, desde os 21 nos, Carlos, cuida das mídias sociais do pai, é controvertido até mesmo na família. Acusado de ser o inspirador do “sindicato do ódio”, está em Brasília até a eleição e cuida apenas das mídias sociais. Discorda da orientação do irmão Flávio, que é…

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Lamentável quando se compara os festejos dos 150 anos de nossa independência, em 1972, com os 200 anos que vamos comemorar daqui a semanas. Uma programação pobre, sem os eventos de meio século atrás, com a mobilização da sociedade, entusiasmo popular. Vivíamos o auge do chamado regime militar, o Brasil crescendo a mais de 10%, ao ano, um presidente popular e reconhecido, Emílio Médici, que, na sua postura digna de militar, dava ao sesquicentenário a dignidade histórica do acontecimento. Petrópolis era ainda importante na República, sendo a Cidade Imperial. O então vice-presidente, Almirante Augusto Rademaker, foi um morador não habitual…

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O Brasil vive um momento, no mínimo, curioso em sua história republicana. As crises que se sucederam até a virada do século, entre erros e acertos, envolveram um grupo de atores bem mais responsáveis e relevantes do que os atuais. Políticos, militares, empresários, intelectuais de diferentes tendências e defendendo ideais diversos tinham em comum a respeitabilidade e representatividade. A sociedade era reconhecida e respeitada pelas camadas mais humildes da população, que, de certa maneira, sempre foram atendidas pelos governantes. Nunca tivemos motivos para demonizar segmentos do pensamento e da ação política, apesar de instantes de radicalismo como os que levaram…

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A morte, no mês passado, de D. Luiz de Orleans e Bragança, aos 84 anos, Chefe da Família Imperial do Brasil, teve uma repercussão que chegou a surpreender alguns setores da sociedade brasileira. O bisneto da Princesa Isabel, filho de D. Pedro Henrique, levou uma vida muito discreta, enfrentando desde jovem problemas de saúde. Seu irmão, D. Bertrand, vinha exercendo de fato a coordenação dos movimentos monárquicos, que nos últimos anos tem atraído muitos jovens estudantes, especialmente nas cidades do interior. Tão logo os monarquistas colocaram na Internet a nota de falecimento, a notícia começou a despertar manifestações de respeito…

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Minas tem sido pioneira no hábito de se preservar a memória de seus grandes filhos em livros, fotobiografias ou mesmo biografias. Na área política, temos o grande legado de Murilo Badaró, que foram biografias como as dos udenistas Bilac Pinto, Milton Campos e de seus colegas de PSD Gustavo Capanema e José Maria Alkmin. José de Castro tem um bom livro sobre Itamar Franco e seu governo. Há as memórias de Juscelino Kubitschek, “Meu Caminho Para Brasília”. Ronaldo Costa Couto tem obra sobre JK e Tancredo Neves, e escreveu um monumental livro sobre a família Klabin, que, pouca gente sabe,…

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O que se passa no Brasil atual parece obra de ficção histórica. Muito difícil de entender e mais ainda de explicar. Faz crer que o destino dos povos e nações pode ser comparado ao das pessoas, quando a teoria é diferente na prática. Apesar dos problemas gerados pela pandemia e pela guerra, o Brasil poderia estar vivendo anos dourados. Seu desempenho tem sido superior ao das nações mais desenvolvidas do mundo. A vacinação está perto dos 80% da população, com mais de 300 milhões de doses aplicadas. Os problemas de suprimento de fertilizantes em função da guerra foram administrados com…

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