Embora Minas seja o estado brasileiro que consegue manter qualidade na sua representação política, muito em função de famílias com história na prestação do serviço público, é justo que se recorde aqueles exemplos do passado, na hora de votar que se aproxima.
Veterano na reportagem, pude conhecer e acompanhar alguns mineiros que formaram a seu tempo o que de melhor existia na política brasileira. A bancada mineira era uma seleção de sábios nos anos 60, em que o Brasil viveu Jânio, Jango, militares, até a abertura de 79, consolidada em 85, com a eleição de Tancredo Neves.
Não só eram grandes políticos, mas brasileiros exemplares na conduta ética e moral. Na honestidade a toda prova.
Magalhães Pinto, Benedito Valadares, Oscar Corrêa e seu filho, José Maria Alkmin, Oswaldo Pieruccetti, Monteiro de Castro, Bilac Pinto, Aécio Cunha, José Bonifácio e eu filho Bonifácio Andrada, Elias de Sousa Carmo, José Aparecido, Murilo Badaró, Ozanam Coelho são exemplos admiráveis de cidadãos. E é nesta direção que poderemos consolidar a democracia no Brasil, e não votando nos aventureiros que surgem a cada quatro anos, sem compromissos com o passado, sem proposta no presente e sem futuro promissor. Lembrar que infelizmente no Brasil não se perdoa o sucesso de governantes que sabem fazer. Os incompetentes e frustrados logo lançam o veneno das suspeições.
É preciso atenção aos conscientes, inclusive fechando os ouvidos às intrigas, às versões caluniosas.
A democracia vem se desgastando com a falta de nível de uns, a desonestidade de outros, a pregação do ódio e da divisão de tantos. Quanto menos radical melhor o político nestes tempos. A hora é de quem trabalhe ou que tenha o que apresentar no exercício do Poder e não de quem discursa sem nada tendo feito de positivo e real. Neste particular Minas é grande pelas mãos de realizadores como Antonio Carlos, JK, Magalhães Pinto, Rondon Pacheco, Helio Garcia e Aécio Neves. Não pode errar portanto.
Publciado em: Jornal Hoje em Dia 03/05/22