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Alguns temas têm ocupado as pessoas que se preocupam com a recuperação do Rio, cidade e Estado, acima de divergências políticas e até mesmo ideológicas. Talvez, fora deste quadro, só o grupo mais radical na condenação da livre empresa como fator complementar na prestação de serviços e fundamental na geração de empregos e renda. Mas estes estão cada vez mais isolados.
Como as questões mais importantes envolvem interesses, exige o uso do poder político para definir soluções com a celeridade que o tempo permite.
O caso do edital do leilão do Santos Dumont, por exemplo, e a questão dos voos internacionais poderia ser resolvida limitando a quatro por dia para a América do Sul, sendo apenas dois para Buenos Aires, outro para Mendonza, Montevideo, Assunção e Santiago, em dias alternados. O aeroporto é fator de grande importância em menter o Rio no eixo dos negócios com as ligações com São Paulo, Minas e Brasília.
Poderiam revigorar a malha ferroviária no acesso ao Porto do Rio e aproveitar o leito vindo de Minas com uma adaptação na bitola, mas apenas para alguns produtos para Angra e Rio, como o café, que já foi preponderante na exportação e na torrefação, esta liquidada pela gula fiscal, que levou quase todas as torrefadoras para Minas e Espírito Santo. E não perder de vista uma linha de passageiros, não necessariamente rápida em todo o percurso, ligando o Rio a Guarulhos, São Paulo e Campinas.
A agricultura, que representa menos 2% do PIB fluminense, poderia receber um apoio da Embrapa e do Banco do Brasil, na volta do café ao Vale do Paraíba e em aeroporto comercial para a região, em Volta Redonda. Polo turismo cultural que ganha importância.
No mais, alguma coisa na área do mercado financeiro, como o retorno do câmbio do BC para o Rio e algo no setor das contas em outras moedas, para importadores, exportadores e pessoas físicas, neste caso até o limite de um milhão de dólares movimentados por ano, por medida de segurança.
Temos, hoje, harmonia do Estado com o Planalto e a Prefeitura precisa apenas conter as movimentações políticas do prefeito, que tem de ver que seu futuro passa por recuperar a cidade e que estamos distantes de uma eleição que possa interessá-lo.
E mobilizar a bancada, que conta, inclusive, com um senador filho do presidente da República. Não é possível não se vender a Cedae e não se arrumar as estradas de acesso à capital, cuja participação federal é total.
Publicado no Jornal : Correio da Manhã