No final e início de ano, há mais de uma comemoração. A dos judeus, normalmente, acontece em setembro ou outubro, e de boa parte dos cristãos, em dezembro, com o Natal, e em 6 de janeiro, Dia dos Reis.
O 31 de dezembro já não é a comemoração de cunho cristão de outros tempos. Passou a ser um evento universal festivo, marcado por festas populares e grandes aglomerações de pessoas. Foi na Austrália que começou, por exemplo, o espetáculo dos fogos, que o Rio de Janeiro assumiu como o maior do mundo, incluindo outros locais além de Copacabana, como Flamengo e Niterói. Os fogos de Nova York, que aparecem nas televisões de todo o mundo, não chegam a um terço do oferecido na capital carioca. E a árvore de Natal, que durante 19 anos foi montada na Lagoa, foi copiada em várias cidades, como Lisboa. Por aqui, infelizmente, o Bradesco, seu patrocinador, cancelou a atração em 2016 – a última foi no ano anterior. Uma pena, diga-se de passagem.
No caso do Rio de Janeiro, a passagem do ano já apresenta um movimento turístico maior do que o carnaval. E com um diferencial positivo: no réveillon, ocorre uma pausa significativa na violência da cidade. As ocorrências policiais são inferiores à dos demais dias, segundo dados oficiais.
Talvez o lugar que mais comemore, competindo com o Rio, seja Tókio, no Japão. Lá, os festejos começam dia 29 e vão até 4 de janeiro. O ponto alto, além dos fogos, são as 108 batidas nos sinos dos templos da cidade, como símbolo da prosperidade no ano que vai se iniciar.
Com essa moda dos fogos de artifício, países como a Espanha desenvolveram uma indústria de alta tecnologia, com fogos sofisticados que praticamente não poluem com a fumaça que, na maioria dos lugares, chega a prejudicar o brilho do espetáculo.
Na Europa, os fogos ocupam lugar de destaque não apenas na virada do ano, mas também em eventos particulares, como casamentos. Um exemplo foi a união da Princesa Alix de Ligne, cuja mãe é da Casa de Orleans e Bragança, e o conde francês Guillaume Dampierre, que ocorreu em 2015, na Bélgica. Na ocasião, a queima de fogos teve a mesma duração do espetáculo de Copacabana.
Como nem tudo pode ser perfeito… O lado negativo dos fogos de artifício na passagem de ano, presente em todo o país, é que os cachorros ficam muito assustados. Mas existem maneiras de tampar os ouvidos deles, com cuidado e carinho. E, claro, por pouco tempo; apenas o suficiente para que não sofram com o barulho das comemorações. Fica a dica!
E Feliz Ano Novo