Getting your Trinity Audio player ready...
|
Medicina é vocação e devoção. O grande público não sabe que pode estar sendo tratado pelo SUS, postos municipais e estaduais, por médicos que chegam a cobrar entre 500 e 100 reais por uma consulta em seus consultórios.
Ou operam no SUS, nos hospitais tipo INCOR, em São Paulo, INCA, no Rio, Sara Kubitscheck, em Brasília, enquanto na clínica particular chegam a cobrar de 20 mil para cima.
Esse serviço idealista, no entanto, andou enfraquecido com muitas aposentadorias e licenças em função do tal aparelhamento dos hospitais, que colocou gente despreparada comandando profissionais consagrados. O governo deveria fazer alguma coisa para recuperar o verdadeiro voluntariado, pois cada um desses médicos ganham no setor público raramente mais de oito ou dez mil reais.
A saúde no Brasil é uma questão de gestão, pois na teoria os recursos seriam suficientes, em comparação com outros países. Os horários também influenciam, pois, se funcionassem pelo menos 12 horas por dia, os postos municipais e estaduais estariam atendendo número maior de pessoas.
Um entrave para as vocações é o alto custo da faculdade privada, que mereceria uma cota de bolsistas, pelo valor médio de um aluno nas escolas federais. Ajudaria, inclusive, as faculdades privadas que andam com problemas de poucos alunos ou muitos inadimplentes.
Precisa de vontade e de autoridade. No Rio, os médicos do aparelhamento se negaram ao controle de ponto, confirmando a tese de que ganham pouco e trabalham pouco. Isso tem de mudar!