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A América Latina vive conturbado momento de autodestruição econômica e institucional repetindo o desastre de Cuba, Nicarágua e Venezuela, no Peru, Chile, Argentina a que veio se juntar a Colômbia, que é um país rico e de boa economia, apesar de anos de terrorismo, onde o eleito militou .Todos envolvidos em dificuldades políticas e econômicas. Entretanto, dois pequenos países vivem um momento mais tranquilo, mesmo com pandemia e guerra.
O Paraguai é um país pobre, com sete milhões de habitantes, com forte presença indígena na sua composição. Após o fim do regime militar autoritário do General Alfredo Stroessner, viveu um momento político de instabilidade que acabou , nas primeiras eleições levando à Presidência da República uma estranha figura de esquerda, Fernando Lugo, que Bispo católico que foi um desastre para o país. Retomando a democracia e a alternância entre seus dois partidos mais tradicionais, vem experimentando boas taxas de crescimento nos últimos anos com média superior à de seus vizinhos Bolívia, Argentina e Brasil.
O Brasil, China e Argentina são os grandes parceiros comerciais, sendo que os brasileiros predominam hoje na soja, milho e pecuária, em que os paraguaios ganharam presença internacional. Mas a fonte de renda mais importante, cerca de dois mil milhões de euros por ano, vem das parcerias em hidroelétricas, com o Brasil, em Itaipu, uma das três maiores do mundo, e com a Argentina, por meio da Yacyretá. Esquerda insignificante, na eleição do próximo ano que se apresentou o antigo craque domfutebol Chivalert , com 56 anos e veio anunciando atrair empresas para o país.
O presidente Mario Abdo Benítez, mais conhecido por Marito, é um empresário bem-sucedido e vem melhorando consideravelmente a qualidade de vida do povo. O Paraguai obteve sua independência da Espanha em 1811, portanto 11 anos antes do Brasil.
Um dos mais importantes projetos do cone sul hoje é a estrada que vai ligar o Mato Grosso do Sul, grande produtor agropecuário do Brasil, aos portos chilenos, passando pelo Paraguai. O frete marítimo do Brasil para a Ásia será reduzido em 15 dias. A metade dos 300 km em território paraguaio já está pavimentado.
Já o Uruguai é um país mais desenvolvido, com uma, população de três milhões e meio, predominantemente de origem europeia ,bom nível cultural e de mão de obra, que está se recuperando de um longo mandato do ex-guerrilheiro Tupamaro José Mujica, uma figura exótica que engessou o país, provocou a evasão de jovens preparados e afetou a economia – hoje com forte presença de capitais estrangeiros, especialmente do Brasil. O presidente Lacalle Pou é um político de alto nível e devolveu em pouco tempo o prestígio internacional que os uruguaios sempre tiveram.
Vivem no Uruguai mais de 50 mil brasileiros, sendo que a metade como investidores. As praias ao norte de Punta del Este são as preferidas pelos brasileiros de São Paulo, com grandes propriedades. A renda per capita é a maior do continente – 15 mil dólares –, a praça bancária off shore é robusta e, na cidade de Colônia, em frente a Buenos Aires, tem uma zona franca para empresas internacionais de serviços, como call
centers. E dê tecnologia.A carne uruguaia, bovina como ovina, é de categoria “premium”, sendo os maiores frigoríficos brasileiros responsáveis pela criação e comercialização. A Europa e EUA.
Um dos esforços do atual governo é diminuir o número de funcionários públicos contratados nos governos de esquerda e que oneram os cofres públicos. Como é praxe neste tipo de governo.
Paraguai e Uruguai parecem que foram vacinados com êxito e salvos a tempo do vírus marxista.Populismo e socialismo não têm vez. O risco maior agora é o Brasil, com o centro democrático decepcionado com o comportamento do Presidente Bolsonaro, que vem fazendo um bom governo mas insiste em comportamento inadequado que lhe desgasta a todo momento. O descontrole é atribuído às sondagens que o mostram confinado em sua base, que é significativa mas insuficiente para o reeleger.
Publicado em: Jornal Diabo.pt 30-06-22