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O assunto da semana continua a ser o indiciamento do ex-presidente Bolsonaro, em peça acusatória detalhada em seis blocos. Será difícil escapar, mesmo diante de algumas acusações carecerem de provas materiais. A questão da tentativa de evitar a posse de Lula fica evidente que os depoimentos dos chefes militares merecem ser considerados. O depoimento do Ajudante de Ordens, Coronel Mauro Cid é arrasador.
Mais o fato de o ex-presidente ter ficado em visível depressão sem praticamente sair do Palácio, depois da derrota recebendo militares levam a crer que tentou mesmo fazer algo.
Já outras acusações são robustas pelas provas materiais, como certificado falso de vacinação para entrar nos EUA, venda e recompra de relógios e joias que ganhou na Arábia Saudita e não recolheu ao estado, como prevê a lei. Recomprou e devolveu quatro meses depois de deixar o governo.
Embora mantenha grande apoio popular, a falta de alianças políticas e de respaldo no empresariado pode permitir o esvaziamento da luta por uma anistia que venha o beneficiar.
Variedades
· A versão do Rock in Rio em São Paulo, The Town, será em setembro e os ingressos começaram a ser vendidos, a partir de 150 euros. Evento, que tem a família Medina no comando, vai reunir tecnologia de ponta e já tem confirmado o que de melhor existe no mundo do jazz.
· Alta de juros e temores com inflação levam a suspensão de investimentos do setor privado. A prioridade das empresas agora é diminuir o endividamento. O governo, por outro lado, abriu facilidades de crédito para impulsionar o consumo das famílias.
· A vaga aberta na Academia Brasileira com a morte do cineasta Cacá Diegues já está com muitos nomes em campo. Caso prevaleça o conjunto da obra, os nomes mais credenciados são os da historiadora Mary Del Priore e do jornalista, escritor, músico Nelson Motta.
· Funcionários das Finanças – Receita Federal – estão em greve há dois meses, afetando os contribuintes e as empresas em geral. O governo Lula tem dificuldade em lidar com greves, pois sempre as defendeu e as estimulou.
· Reunião dos BRICS em julho, no Rio de Janeiro, vai definir as relações do Brasil de Lula com os EUA de Trump. O embaixador Maurício Lyrio, delegado do Brasil no grupo, declarou que a substituição do dólar no comércio entre os membros do grupo não está descartada. Trump já disse que considera a medida uma declaração de guerra.
· Dengue aumentou com o forte calor. Os governos apressam colocar ar-condicionado nas escolas. O carnaval que se inicia pode provocar problemas de saúde nos carnavalescos com as altas temperaturas.
· Neste carnaval, a economia do Rio ganha um mil milhões de euros com milhões de turistas e cariocas consumindo.
· Mercados desconfiam do governo, mas confiam nas empresas. A Raízen, associação da Cosan com a Shell, levantou com facilidade três mil milhões de dólares para alongar sua dívida. O negócio é bom e a empresa é boa; o país é que não está em boas mãos. Mas isso pode passar.
· O forte calor no Rio está levando muita gente ao banho de mar noturno em Copacabana e outras praias. Autoridades alertam para cuidados que devem ser tomados.
· Carnaval com alerta para as altas temperaturas nas ruas e no desfile das escolas de samba.
· Movimento de turistas de Recife teria ultrapassado Salvador neste carnaval.
· Como é tradição no Brasil, o ano começa depois do carnaval. E a temperatura alta também na política e na economia.
Publicado em: Jornal Semanario Sol 01/03/25