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Prioridade do Rio de Janeiro em termos urbanísticos deve ser a recuperação do centro da cidade, em processo de esvaziamento, que já vem se acelerando ao longo das últimas décadas. Os imóveis comerciais, depois de enfrentarem significativa desvalorização, com a pandemia, passaram a ter boa parte desativada, facilitando o assustador aumento da população de rua. É preciso reagir enquanto é tempo.
A antiga capital do Império e da República possui particularidades singulares entre as grandes capitais. Tem um aeroporto de excelente qualidade no centro, conectado à região por excelente VLT, no padrão das cidades mais ricas do mundo. Um patrimônio histórico e religioso de alta qualidade, com um conjunto de igrejas de grande beleza e riqueza, assim como a área cultural, com o Teatro Municipal, Biblioteca Nacional, Museu de Arte Moderna, Museu de Belas Artes, o fantástico Real Gabinete Português de Leitura, o moderno Museu do Amanhã e Museu de Arte, o Paço Imperial, o Palácio Itamaraty.
Na área portuária, que vem se consolidando, o Oceanário e a Roda Gigante, que completam os atrativos à visitação dos turistas. Um patrimônio rico, diversificado, valioso e precioso.
A solução mais racional e imediata seria a reforma da legislação para estimular a adaptação de alguns prédios para habitação, além de terminar as obras dos dois blocos para funcionários da Prefeitura, abandonados nas imediações da Rodoviária. E o retorno de forte incentivo para dotar os imóveis adaptados de vagas de garagem. Alguns prédios vazios se prestariam bem, como é o caso da antiga sede local da Caixa Econômica, na Rio Branco com Almirante Barroso, com oferta de metrô a poucos metros.
Este novo uso vai facilitar a ocupação, a segurança e diversificar o comércio, podendo agregar investimentos como aqueles quando da existência dos bingos, infelizmente fechados e desempregando no país mais de cem mil trabalhadores diretos. Entre dez e 15 mil no Estado, especialmente na capital.
Facilitar um hospital privado de qualidade e dar uma solução à prolongada crise na Santa Casa – com ajuda estadual e federal – podem ainda revigorar um setor predominante até os anos 1960, especialmente na região no entorno da Cinelândia, tendo como centro a rua México.
Um tema a ser avaliado pelo prefeito Eduardo Paes ,, mas também pelo Estado e pela União, que possui imóveis e serviços na cidade. E sem maiores despesas na infraestrutura, que já existe e tem qualidade.