A CRISE DA FÉ
A crise na fé é uma realidade no Brasil e no mundo.. A Igreja, embora seja amplamente majoritária na população – a despeito do crescimento das igrejas e seitas evangélicas e do ateísmo nas novas gerações –, precisa de mais união e disciplina em suas hostes.
Os reclamos do Papa Francisco na condução de casos de pedofilia na Igreja não têm encontrado eco no mundo, sendo raros os casos de afastamento de bispos e clérigos em geral. Estes fatos afetaram negativamente a recente visita do Papa Francisco ao Chile, um país que teve o sentimento católico de seu povo como fator decisivo para barrar o comunismo, em 1974.
A Espanha católica vive um momento de constrangimento com o anúncio da canonização, em outubro, do Papa Paulo VI, uma grande figura da Igreja, mas que foi mal assessorado em relação ao país, nos anos 1960, quando se afastou dos defensores da Igreja. Esta, por sua vez, perdeu mais de dez mil religiosos na Guerra Civil, mártires reconhecidos, na sua maioria, por João Paulo II. Sem perceber assumiu uma postura de conciliação e bondade com radicais separatistas, que cometiam crimes de sangue e terror contra inocentes. Claro que Paulo VI foi bem-intencionado, mas, certamente, sob o ponto de vista dos católicos, supostamente maioria no país, foi infeliz e desastrado.
A compensação vem na qualidade espiritual dos católicos, especialmente entre os jovens que promovem movimentos pela fé em todo o mundo, mantendo a chama da Igreja de mais de dois mil anos. E, nesta linha de sanear o clero, afastando aqueles que deixaram de honrar o compromisso sagrado da dedicação integral a propagar a palavra de Deus é que a fé pode voltar como instrumento de paz e felicidade. A tradição cristã revela a honra para as famílias que ofereciam filhas e filhos para servir à Igreja. No Brasil, nunca foi diferente.
Aqui, o uso político da opção religiosa tem sido negativo. Um candidato não merece mais votos do que outro só por causa de uma determinada religião. O eleito deve atender ao interesse do povo como um todo, que é dividido em diferentes crenças. Neste ponto, os católicos são mais formais, não tendo padres ou feiras como candidatos – embora, lamentavelmente, exista certa militância disfarçada, inclusive na interpretação equivocada dos textos bíblicos. Na zona sul do Rio, recentemente, um idoso padre, conceituado intelectualmente, foi interrompido na Homilia por adentrar temas ideológicos pouco cristãos.
Como certo trecho da Santa Missa, é o caso de proclamarmos: Oremos!