O Brasil na crise da renúncia de Janio Quadros poderia ter restaurado a monarquia. Esta história ouvi, muito jovem, do deputado José Maria Alckmin, dos mais importantes políticos do Brasil, que viveu a crise política provocada pelo ato até hoje mal explicado do então presidente.
É que com o veto dos militares à posse de Jango, a resistência no Sul do então governador Leonel Brizola, com apoio da guarnição federal, chegou-se a pensar na restauração. A lembrança foi do ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Grum Moss, que lembrava ter nos quadros da Força Aérea o príncipe João de Orleans e Bragança, que atuou na II Guerra, trazendo aviões dos EUA para o Brasil.
D. João não era o herdeiro, mas primo de D. Pedro Henrique, o legítimo pretendente do trono e irmão de D. Pedro Gastão, que teimava em negar a renúncia do pai, em carta conhecida e aceita pela princesa Isabel. Para não tomar partido na disputa, surgia a solução do príncipe que era oficial de nossas Forças Armadas.
Tancredo Neves, sendo republicano, articulou a solução parlamentarista. Mais tarde, a monarquia foi votada no plebiscito, por iniciativa do deputado paulista Cunha Bueno e teve 13% dos votos, o mesmo que, na época, tinha o PT.
A Família Imperial brasileira mantém respeitabilidade e credibilidade, aqui e no resto do mundo. Recentemente, no casamento de uma descendente da Princesa Isabel, princesa no Brasil e na Bélgica, a mais alta nobreza europeia esteve presente, a começar pela Rainha da Bélgica, onde a jovem nobre nasceu e os pais vivem.
Esta “hi-e-stória”, não conhecia.
Um forte abraço.