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Comecei minha vida de jornalista muito cedo, em 1963, com 18 anos, tendo tido a ventura de trabalhar com grandes nomes. Meus primeiros mestres, em O Jornal, nos Diários Associados, foram Paulo Vial Corrêa e Antônio Pinto de Medeiros. Este último homem generoso, pois era comunista – foi deputado estadual em 1946, na Paraíba – e muito ensinou a mim, um jovem militante de direita.
Comecei minha vida de jornalista muito cedo, em 1963, com 18 anos, tendo tido a ventura de trabalhar com grandes nomes. Meus primeiros mestres, em O Jornal, nos Diários Associados, foram Paulo Vial Corrêa e Antônio Pinto de Medeiros. Este último homem generoso, pois era comunista – foi deputado estadual em 1946, na Paraíba – e muito ensinou a mim, um jovem militante de direita. Depois trabalhei com Heron Domingues, na sua coluna nacional e na TV Tupi, grande profissional, chefe e amigo.
No entanto, depois de mais de meio século, concluí que os três maiores nomes que conheci, admirei e pude privar do convívio foram David Nasser, Paulo Francis e Hélio Fernandes. E hoje vou lembrar do primeiro, pois estamos no mês de sua morte, em 1980, e, em janeiro, ele faria 99 anos.
David Nasser foi um inovador. Com muito talento e coragem, punha alma e patriotismo no que escrevia. Formou com Jean Manzon, o fotógrafo e cinegrafista, uma dupla em reportagens memoráveis para O Cruzeiro, onde assinava artigo em página dupla, ansiosamente aguardado pelos leitores, sempre na linha da defesa da democracia e do progresso do Brasil. Chateaubriand o levou à posição de membro do alto comando dos Diários Associados. Terminou escrevendo na Manchete e morreu cedo, aos 62 anos. Despertou inveja e, por isso, depois de morto, sofreu muitas críticas.
No entanto, conquistou o povo como grande compositor da MPB, com sucessos como Nega do Cabelo Duro e a campeã Pensando em Ti, cuja interpretação de Caetano Veloso é simplesmente magistral.