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Autor: Aristoteles Drummond
Foi-se o tempo em que a oratória era fator determinante para o sucesso de um político. Ou mesmo a habilidade nas articulações. Antes praticada por pequenos grupos, divididos em governo e oposição, a política pós-redemocratização passou a ter como atores principais o eleitor, a opinião pública, os resultados econômicos e sociais.
Um dos fatores da crise nacional, ampla pois envolve os três poderes e a economia é que nossa democracia, retomada em 1985, pela iniciativa dos militares, sob o comando do presidente Figueiredo, deixou-se levar por todos os tipos de excessos. Foi isso que nos trouxe a esse derretimento e apodrecimento das instituições, muito mais para um regime anárquico do que uma democracia moderna.
Muita gente pensa que nossa presença militar em conflitos tenha se limitado à Guerra do Paraguai, à nossa participação no final da Segunda Grande Guerra e à quase que simbólica presença na Primeira Guerra, onde a nossa Marinha de Guerra esteve presente. Mas não foi assim.
Carlos Chagas, meu saudoso amigo e príncipe de nossos cronistas de política por mais de quatro décadas, se referia com frequência a obra inglesa O Médico e o Monstro, para comentar a contradição de governos ou políticos no trato de assuntos de alto interesse nacional. O mesmo governo ou político que acertava era o que, a seguir, errava.
Curioso o nosso país. Discute-se uma ampla reforma política e nenhuma referência a uma consulta popular que venha a incluir a opção da monarquia parlamentarista, semelhante ao que ocorre em democracias sólidas como Inglaterra, Espanha, Holanda, Suécia, Noruega, Luxemburgo, Bélgica e tantas outras. No plebiscito de 93, a opção teve 13%, maior do que o PT na mesma época. E isso sem campanha organizada e ainda com a legitimidade da sucessão contestada pelo Príncipe Pedro Gastão, que alegava ter precedência sobre o primo D. Luís, filho de seu primo D. Pedro Henrique, que era o Chefe da Família Imperial. Questão…
Há muita gente que faz, que marca presença na vida das cidades e do país, exemplares, e não necessariamente personalidades da vida pública ou mesmo do meio artístico e cultural. No entanto, homens e mulheres que deram e dão bons exemplos, para melhorar a sociedade em que vivemos, nem sempre são destacados neste mundo em que os erros ocupam mais espaços do que os acertos.
O programa de privatizações do governo será impecável quando a iniciativa de alienar empresas que podem ser melhor geridas pelo setor privado ganharem em eficiência e em disponibilidade para novos investimentos.
O ambiente de negócios é fundamental para o investimento. Ninguém coloca seu dinheiro onde o capital sofre hostilidades, onde não existe ordem, segurança jurídica e onde prevalece preconceitos contra o lucro e há grande gula fiscal.
Semana passada, o ex-presidente da Associação Comercial de São Paulo Romeu Trussardi completou 87 anos. Estava cercado do amor, carinho e admiração da bonita família que formou com Maricy Rodrigues Trussardi, de amigos e do meio empresarial, social e religioso de São Paulo.
Se os nossos políticos consultassem mais os arquivos da nossa República, para não ir mais longe, verificariam que tivemos homens públicos de alto valor ético e moral, com autoridade e muito respeitados. Aliás, acho que a população também deveria conhecer, mas, para isso, o ensino teria de ser de melhor qualidade. No meu tempo, estudava-se a relação dos presidentes, com pequeno texto sobre o governo e a personalidade de cada um. Quem se interessasse buscava mais informações.