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Autor: Aristoteles Drummond
O estadista Oswaldo Aranha, que era dono de uma razoável cultura política e embaixador histórico do Brasil nos EUA – posição que sempre abrigou notáveis como Carlos Martins, Amaral Peixoto, Walter Moreira Salles e Roberto Campos –, declarou certa vez que o Brasil “era um deserto de homens e ideias”. Dentro do contexto internacional, uma correta constatação, mas com exceções, em que ele mesmo era uma delas.
Nesse mundo globalizado, interligado pela informação online, já não existem dúvidas sobre a receita do pleno emprego, do crescimento industrial, comercial, dos serviços e do agronegócio, quando não sofre problemas de natureza política, de inspiração ideológica ou meramente da exploração da ignorância popular na busca de votos e conquista do poder para fins pouco nobres.
A leitura de biografia do senador Filinto Müller lançada recentemente chamou minha atenção para a presença de várias gerações de famílias ligadas à função pública ou à atividade cultural de relevo, em plena República. Normalmente, achamos que nobreza passava de pai para filho pelos títulos, quando estes o permitiam na monarquia.
Surgiu um caso raro de político com quase 30 anos de mandatos, de expressão nacional, que se reciclou, assumindo uma postura moderna, transparente e realista. Trata-se do prefeito de Manaus, pela terceira vez, Arthur Virgílio, que foi deputado e senador com destaque.
Crise na economia não é assunto apenas do noticiário. É um drama, que afeta aos menos favorecidos. Ricos têm gordura para queimar, especialmente os que estão nos altos postos de governo. Quem sofre mesmo é o empresário e o empregado. Nada mais cruel do que o panorama urbano comum às nossas cidades, com lojas e mais lojas fechadas. Os motoristas de táxi, mais de um milhão de brasileiros, reclamam da queda no movimento. Restaurantes fechados, hotéis subaproveitados. E mais: um aumento chocante de moradores de rua e ambulantes por todas as cidades. Acima de divergências políticas e ideológicas, esta insensibilidade…
A nossa República tem coisas realmente curiosas. O Marechal Floriano Peixoto era o vice do Marechal Deodoro da Fonseca, ambos alagoanos e companheiros de proclamação. Brigaram e Deodoro renunciou. Floriano assumiu e governou de mão forte, mas era homem tão simples que continuou a morar em sua modesta casa de subúrbio. Ocorre que, durante seus anos de governo, Floriano nunca abandonou o título de vice-presidente da República e, nesta condição, assinava todos os atos oficiais. O normal, como acontece hoje, é que o vice, quando assume e assina atos, o faz na condição de “presidente da República em exercício” e…
Nesse passar a limpo do Brasil, a inexperiência de envolvidos nesta nobre missão se faz notar em meio às apurações. Sendo um dos delatores doleiro, responsável por remessas tipo “cabo” para as contas dos denunciados, não se entende não ter aparecido até agora uma conta beneficiada, de titularidade dos acusados. As existentes foram confessas ou informadas por autoridades estrangeiras. E ninguém carrega milhões em malas, pois, se não for preso aqui, será certamente no aeroporto, ao desembarcar. Além disso, nenhum banco do mundo aceita depósitos em dinheiro de grande montante. Logo, se era doleiro e afirma que tanta gente recebeu…
A Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) é uma instituição exemplar do Rio e do Brasil. Foi o primeiro centro de reabilitação do país, fruto da generosidade do arquiteto Fernando Lemos,do empresário Percy Murray, encampada depois por personalidades como o casal Malu e Celso da Rocha Miranda. Foi quando a paralisia infantil chegou ao Brasil e não se sabia o que fazer para seu combate nem para a recuperação dos afetados, que, em 57, a ABBR foi inaugurada com a presença do Presidente JK. Embora seja uma entidade privada, nasceu com a grandeza de atender a todas as camadas da população,…
A classe média, no exterior e no Brasil, conta com a proteção para problemas de saúde dos planos oferecidos por diferentes empresas. Muitos são compartilhados com o empregador. Em alguns países, como Portugal e Alemanha, a importância é relativa, pois os serviços públicos funcionam razoavelmente bem.
Nesses tempos em que as decepções se acumulam e os detentores dos altos cargos surgem do nada ou de composições políticas alheias ao mérito, sobrevivem alguns exemplos dignos de menção e de chegarem ao conhecimento público. É o caso de Ernane Galvêas que, aos 96 anos, ainda está ativo, trabalhando na Confederação Nacional do Comércio, onde, além de assistir ao presidente Antonio de Oliveira Santos, formula uma análise quinzenal da economia nacional.