D. Pedro II é a figura histórica que mais cresce na admiração do brasileiro. Depois, vem sua filha Princesa Isabel, que já tem um processo de beatificação em andamento no Vaticano.
O Imperador fez o Brasil viver o melhor da liberdade de imprensa, que, de certa maneira, era cruel com ele, principalmente com as caricaturas muito comuns na época. Viajou o país inteiro, com muita austeridade. E no exterior levava vida de turista.
Homem simples, D. Pedro II ia pessoalmente à estação de Petrópolis, no final da tarde, para apanhar os jornais da capital e encontrar amigos que estivessem chegando. Passava meio ano lá, onde estava, inclusive, quando desceu para o Paço e foi deposto praticamente em sigilo.
Para ele, a educação era prioritária e, por isso, criou os colégios de excelência que levavam seu nome em todo o país. A República alterou para Colégio Nacional, mas durou pouco tempo.
No estudo da nossa história e da realidade atual, realmente os dois imperadores ficam bem na foto. Nada de roubalheira, com filhos bem formados e responsáveis pelo progresso e paz interna com grande participação militar. Aliás, vale destacar que o Exército Imperial deu ao Brasil Duque de Caxias, filho de militar e um notável estadista, pois foi político também.
Após a proclamação, o número de republicanos arrependidos era grande, a começar por Rui Barbosa, que chegou a ser exilado nos duros anos do Marechal Floriano. Outro fato curioso é que grandes titulados do Império serviram à República sem deixarem o uso do título, como foi o caso do Barão do Rio Branco.
A Princesa Isabel teve a coragem de promover a Abolição, mesmo sabendo que poderia lhe custar o trono, como de fato ocorreu, e, no exílio na França, recebeu muitos arrependidos, como José do Patrocínio. Mulher exemplar, seus descendentes que passaram pela chefia da Família Imperial foram sempre homens de valor, como o filho D. Luiz, que era conhecido como “Príncipe Perfeito”, o neto D. Pedro Henrique, que participou da Segunda Guerra como resistente na França, e agora o bisneto D. Luiz Gastão, que vive em São Paulo. De onde, mantém viva a chama do movimento monárquico, junto com seus irmãos Bertrand, Príncipe do Brasil, e D. Antônio, que deve ser o sucessor e é casado com a princesa belga D. Christine.
No Brasil, os títulos acabaram, permanecendo apenas os da Família Imperial e os europeus que aqui vivem, que são muitos. A Rainha Sílvia, da Suécia, é nascida em São Paulo, assim como a Duquesa de Bragança, mulher do herdeiro da coroa portuguesa, D. Duarte.
E não podemos esquecer os titulados italianos, que, desde sempre radicados no Brasil, ajudaram na reconstrução da Itália no final dos anos 1920 e, por toda década seguinte, foram reconhecidos pelo governo e pelo então Rei Victorio Emmanuelle. São os casos dos Matarazzo, Crespi e Scarpa, sendo que os dois primeiros com mais de um título na família.