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Autor: Aristoteles Drummond
Quando do movimento que derrubou o presidente João Goulart em 1964, o Brasil estava às portas de uma transformação em “república sindicalista”, que, na verdade, era um projeto da União Soviética, tendo como ponta de lança a Cuba de Fidel Castro. Na época, a Igreja Católica desempenhou um papel fundamental na mobilização da sociedade contra o comunismo.
O grande escritor brasileiro Erico Verissimo, cujos livros foram editados e bem vendidos em Portugal, inclusive com edições recentes, escreveu suas memórias, em 1971, pela Editora Globo, de Porto Alegre, em dois belos volumes sob o título de Solo de Clarineta. A edição de luxo foi presenteada pela então maior agência de propaganda do Brasil, a MPM, no Natal de 1971. Erico era homem de personalidade e temperamento difícil – apesar do sucesso literário, nunca aceitou disputar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, por exemplo.
“O país perdeu a inteligência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta…
As entrevistas do General Hamilton Mourão, companheiro de chapa do deputado Bolsonaro, tem sido altamente didáticas na medida em que relembra à opinião pública a seriedade e o preparo de nossos oficiais generais. Tem mostrado conhecer o Brasil, seus problemas e sua diversidade, enfatizando a importância da união de todos em torno de um projeto nacional de recuperação econômica, social e moral.
O impulso que a economia brasileira teve na segunda metade do século passado, com o surgimento de grandes empresas, contou com a presença de três vertentes de capital. E o pontapé inicial foi dado com o dinheiro público, na criação de empresas estatais que vieram a se colocar entre as mais importantes de suas áreas, a nível internacional.
Há meio século comecei aqui, em O DIA, a coluna “Falando de Política”, aos domingos. Foram muitos os pleitos que testemunhei e pude analisar. Não existe eleição pré-definida, algumas apenas com indícios, como a de Jânio Quadros, em 1960. Foi um fenômeno, muito auxiliado pela indiferença de JK em fazer seu sucessor, preferindo um imprevisível Jânio, que, certamente, não atrapalharia sua volta em 1965. Por isso, deixou prosperar o candidato das esquerdas, o ingênuo Marechal Lott.
A tragédia do incêndio no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, não foi um caso isolado, mas fruto de uma situação caótica no orçamento do Estado brasileiro, com cortes frequentes, o envolvimento político e ideológico na gestão. O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pelo museu desde 1946, é um militante político de esquerda, fundador do partido mais a esquerda com representação no Parlamento, apoiador público do Movimento dos Sem Terra (MST), entidade responsável por invasões de propriedades, destruição de bens ligados ao agronegócio, inclusive de pesquisa. Toda a equipe do reitor Roberto Leher é…
A Princesa Isabel foi efetivamente uma personalidade marcante na vida brasileira. Herdeira natural não apenas do trono, mas também da simpatia e do carinho popular. Uma pena que o até hoje mal explicado golpe republicano nos tenha privado de quase 30 anos, tempo que teria seu reinado. A luta pela abolição, que marcou sua presença na história, mostra em detalhes sua bondade e disposição de enfrentar preconceitos. E o filho Luiz, herdeiro do trono, tinha o perfil tão respeitado e de virtudes que era chamado de “Príncipe Perfeito”, pai de D. Pedro Henrique, na mesma linha de religiosidade e amor…
Acaba de ser lançado Volta ao Poder, o livro que reúne a correspondência entre Getúlio Vargas e sua filha Alzira do Amaral Peixoto, com quem tinha relações próximas nos assuntos políticos e administrativos. Era a filha que se interessava por tais temas, o que não era o caso dos demais – Jandira, Lutero e Maneco, embora este tenha exercido mandatos municipais em São Borja. A obra, em dois volumes, trata do período que vai da deposição à eleição em 1950.
Este ano vai passar à história da economia mundial. Mudanças fortes ocorrem, sem comando, sem liderança, sem uma coordenação. Países que afundam na crise, países que se encaminham para crise e países que ganham com os erros dos outros.