Às portas de uma inevitável e oportuna renovação, com o afastamento do comprometido governador e a eleição de um novo prefeito, é preciso que as forças mais responsáveis do país socorram o Rio de todas as formas.
É fundamental que o Estado seja ajudado a recuperar sua economia afetada não apenas pela pandemia – esta apenas a agravou. Mas temos o drama vivido pela Petrobras, que atingiu o projeto Comperj, que, por sua vez, atropelou a finalização do Arco Rodoviário, com bilhões em obras abandonadas. A pandemia feriu gravemente o turismo, que vai precisar de uma injeção de projetos de toda ordem para se recuperar. A Assembleia tem de liberar a venda da Cedae, que deve ter perdido o apoio público com a chocante queda na qualidade da água servida à população. Urge a privatização, para aproveitar o marco regulatório do saneamento aprovado pelo governo e o Congresso recentemente. Aliás, este marco aproveitou muito do trabalho realizado na Legislatura passada, pelo deputado fluminense Júlio Lopes.
Na indústria, no comércio e na agricultura, carecemos de mão de obra qualificada a absorver um crescimento econômico. Neste quadro, o sistema S é importante e pede mudanças, como a que se tenta na Firjan, onde não se faz apenas oposição à gestão atual, mas se pede a renovação, pois foge ao razoável que entidade alimentada de certa maneira por dinheiro público, fiscalizado pelo TCU, tenha uma gestão com mais de 20 anos. O comércio já vive um novo momento.
O presidente Bolsonaro tem manifestado vontade de ajudar, inclusive com a volta do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que nunca deveria ter saído do Rio. Mas pode fazer mais, via Porto do Rio, com o apoio à volta da Regata Rio-Buenos Aires e à reabertura do jogo, ou dos bingos, e com a coordenação de um pacote da livre empresa no patrocínio de um grande festival de música na baixa temporada – nos meses de agosto e setembro, por exemplo. Poderia ter uma semana dedicada ao folclore nacional, outra, à música clássica, inclusive com atrações internacionais, e uma terceira, à MPB. Temos casas de qualidade.
Uma empresa aérea daria as passagens, as cotas de patrocínios viriam de um banco, uma indústria de bebidas, uma fábrica de automóveis e um gigante da indústria farmacêutica. A rede hoteleira daria desconto de 50% para hospedagem das atrações. A Light não cobraria o consumo dos eventos, e a Fetranspor cederia o transporte dos grupos a se apresentarem. O Estado poria pouco dinheiro e animaria a economia. Cada uma destas semanas teria o patrocínio de uma rede de televisão. A Embratur divulgaria lá fora, com as transportadoras. Basta ter vontade para fazer o turismo rodar, sabem os que lêem o Jornal de Turismo e acompanham iniciativas como os Embaixadores do Rio, do incansável Bayard Boiteux. Faltam aos governos gente do ramo da promoção realista e a vontade política dos governantes.
Ficam os palpites!!!