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A demagogia eleitoreira de muitos de nossos políticos e a omissão da maioria silenciosa têm feito de nosso país palco de situações que beiram o ridículo. E, quando não, à absoluta injustiça.
Somos todos brasileiros, não podemos ser divididos por origem genética – que chamam de racial – nem religiosa, nem mesmo por idade, orientação sexual e poder aquisitivo. Devemos é ter o bom senso de proteger os que precisam, os prejudicados de todas as formas. Mas lembrando de que generalizar é sempre perigoso.
Exemplo de exagero é a gratuidade nos transportes públicos a estudantes e idosos, quando o razoável é que esta generosidade fosse destinada aos que teriam dificuldades em pagar pelo uso do transporte. Afinal, temos estudantes e idosos que não precisam desta gratuidade, que, na verdade, acaba no bolso do contribuinte ou na própria tarifa a ser paga pelos demais. Agora, nos aeroportos, foi incluída, por lei, a prioridade das prioridades para os idosos com mais de 80 anos. Esta prática não existe na grande maioria dos aeroportos dos países mais adiantados. E as vagas de estacionamento reservados a cadeirantes ou idosos têm validade municipal. O idoso de Niterói não pode parar na vaga reservada aos cariocas, por exemplo. Só rindo.
Nas cotas na universidade pública, outra grande injustiça. A preferência deve ser pelo estudante de baixa renda e não pela cor. Graças a Deus, no Brasil de hoje, a presença de negros e mulatos nas classes alta e média já é significativa. O pobre no Brasil é discriminado, infelizmente, seja qual for sua etnia. Este é que paga mensalidades na rede privada com imenso sacrifício. Aliás, o governo deveria era de distribuir mais bolsas na rede privada, como no passado.
Uma carência de objetividade faz com que o brasileiro seja desestimulado a poupar, investir, fazendo de nosso país um dos de menor poupança popular entre as 20 maiores economias do mundo. O Estado é sócio até na valorização imobiliária e nos dividendos de ações advindas de lucros já tributados nas empresas. Por isso, aqui, as bolsas vivem de fundos e não temos uma cultura de poupar em ações, que seria um recurso de baixo custo para as empresas investirem. O que ocorre nas economias capitalistas.
Os caminhoneiros souberam protestar quanto ao aumento do diesel, cuja origem é o preço internacional do petróleo. No entanto, são incapazes de promoverem igual movimento pela recuperação de pelo menos dez estradas vitais para o escoamento das safras, no norte e centro-oeste do país,que desgastam os caminhões provocando despesas extras.
Que falta de bom senso!!!