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As elites empresariais e culturais do mundo ocidental que não estão conscientemente alinhadas ao projeto de destruição do capitalismo e da implantação de regimes de inspiração marxista – incluindo a quebra de liberdades democráticas – precisam parar e avaliar o andamento da conspiração contra os valores que pareciam ter sido protegidos na década de oitenta até meados da de noventa. Esta segurança acabou; todos voltaram para o estudo, o trabalho, a ganhar e acumular dinheiro, deixando de lado a segurança das instituições, a formação das novas gerações e a comunicação com as grandes massas. Na verdade, os países que podem ser considerados mais democráticos, na Europa como nas Américas, estão sendo corroídos lentamente, com direito a anestesia. Não se trata de suposições, mas de constatações. O processo está em marcha sem encontrar obstáculos. E, por vezes, alimentado pela alta burguesia.
A pandemia veio ajudar a destruir as economias, mas, como é global e a todos atinge, o projeto continua a se concentrar nas medidas eletivas de destruição do chamado estado democrático de direito, incluindo a liberdade de empreender, o direito à propriedade e a liberdade que só o mercado pode proporcionar. Quem trabalha e produz é um explorador. O Estado arrecada para pagar funcionários, agora militantes partidários. O Judiciário é moroso quando os corruptos são de esquerda.
Nos países partidos socialistas, agora abertamente coligados ao radicalismo de esquerda, como ocorre em Espanha, Portugal, Argentina, Colômbia e Chile, além dos EUA, para onde a esquerda mundial se volta na esperança da tomada do poder a baderna ameaça tomar conta.
Sendo o sistema bancário pilar do capitalismo, a influência do Estado nos grandes bancos estimulou aventuras que fazem o sistema hoje vulnerável e potencial instrumento de uma implosão do setor privado. Ao dar base à insolvência dos países, foram dadas condições de irresponsável endividamento, a ponto de que alguns países, como Grécia, Turquia, Itália, Argentina e Portugal, dependerem de profundas reformas para obter receitas para administrar suas contas e depois baixar o nível do endividamento em relação à riqueza de cada um. Reformas que as esquerdas barram nos parlamentos.
Sem reformas liberais, que possam atrair investimentos na produção e na tecnologia de ponta, não haverá receita, nem empregos, nem divisas. A perda da competitividade desses países está ligada em boa parte a leis laborais que assustam qualquer investidor mais atento. E, claro, os impostos crescentes, que levam a poupança disponível a buscar abrigos seguros.
A anestesia das elites responsáveis, e pauta para desviar a atenção popular, é de aplicação universal. Protestos contra tudo e contra todos, manifestações contra objetivos abstratos como racismo, preconceitos sexuais e desigualdade econômica. Tudo fruto de uma armação orquestrada pela central de esquerda. Hoje, não existe mais um regime racista no mundo, a legislação que pune esta prática repugnante está presente na maioria dos países. A liberdade sexual é uma realidade há décadas, não precisava o Papa se referir à união estável entre pessoas do mesmo sexo, pois também é assunto superado e incorporado à vida moderna. A Igreja, que foi contra no passado, não precisa ser a favor agora. Bastava silenciar sobre o assunto, que é civil, e não religioso. Ou então ele estava se dirigindo aos países do Islã.
O sábio Lenine, há mais de cem anos, já dizia que os comunistas iriam ceder a corda para os capitalistas se enforcarem. E a despropositada presença de artistas e intelectuais de esquerda nas diferentes mídias, em todo mundo, incitando a revolução é uma prova da visão do revolucionário russo. Afinal, as mídias, incluindo editoras, normalmente pertencem a grandes empresas, que deveriam defender a democracia e o capitalismo.
Mas não o fazem.