O governador do Rio Claudio Castro parece um bem-intencionado, inexperiente e surpreendido com um quadro caótico no Estado Rio. Pandemia, crise na economia, falta de quadros dirigentes, indisciplina e péssima gestão em setores vitais como a saúde e a educação. Tudo a ser resolvido, mas sem dinheiro.
Deveria ter a humildade de reconhecer as limitações do momento que vive e convocar um voluntariado de notáveis do Estado a formar um conselho para oferecer sugestões e apontar soluções. O Rio tem quadros em todos os setores de excelência. Muitos já aposentados, mas que não se negariam a colaborar em momento tão delicado.
Na área cultural, por exemplo, há mulheres testadas no alto espírito público, como Celina Vargas do Amaral Peixoto, Helena Severo, Aspásia Camargo, Vera Tostes, Maria Luiza Nobre, e intelectuais do porte de Ricardo Cravo Albin, Paulo Baia, Sergio Pereira da Silva e outros. Na saúde, é indispensável ouvir Paulo Niemeyer, Felipe de Queirós Mattoso, Fernando Dias, Nelson Teich.
Antigos parlamentares que vivem a cidade e o Estado na atividade privada, mas com exitosa passagem no setor público ou no Parlamento, como Aloísio Maria Teixeira, Ronaldo Cezar Coelho, Francisco Dornelles, Marcelo Itagiba, entre outros.
Temos ainda um time de lideranças empresariais como Humberto Mota e Ângela Costa, no Comércio; Antonio Alvarenga, Osaná de Almeida, na agricultura; Sávio Neves, no turismo; Claudio Castro, no imobiliário. Temos industriais de verdade, espalhados em todo o Estado. Não faltam cabeças experientes com uma contribuição a oferecer, com criatividade e bom senso. Notáveis que moram e vivem o Rio, como os ex-ministros Ernane Galveas, Bernardo Cabral, Paulo Malan. Todos patrimônios do Rio.
Enfim, o momento é de se aproveitar de quem tem experiência e pode, desinteressadamente, ajudar o Rio tão debilitado. E o governador passar bem a história e, como é jovem, ter futuro .