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A polarização no debate político no Brasil chegou a uma situação inaceitável pela sociedade. Urge uma reação para estancar embates que ferem todas as normas da civilidade.
No caso dos dois equivocados líderes políticos, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual, Lula da Silva, parece que ambos merecem restrições de setores da opinião pública. Mas um não é genocida, nem o outro chefe de uma quadrilha.
Claro que Bolsonaro foi infeliz no trato da pandemia, chegando ao ridículo de receitar remédios sem comprovação de eficiência, duvidar das vacinas, combater o isolamento e o uso de máscaras. Um equívoco atrás do outro. Mas o fez por ignorância e não má-fé. Por outro lado, seu governo fez uma das mais eficientes campanhas de vacinação, que era uma aspiração nacional.
Lula formou um ministério de baixa qualidade, com poucos nomes conhecidos e respeitados, como Fernando Haddad e Geraldo Alckmin. A orientação ideológica na economia, devolvendo prejuízos às estatais, cancelando privatizações e gastando demais nos chamados projetos sociais – na verdade, eleitoreiros –, tem provocado aumento da inflação, baixo investimento, alta de impostos, queda na produtividade. Mas o tom das críticas tem sido pessoal e sem respeito à família do presidente. Criticar e cobrar é uma coisa; insultar, desrespeitar é outra.
O país está se tornando ingovernável. E caso a disputa do próximo ano se dê entre os dois políticos, ganhe quem ganhar, o país vai prorrogar essa situação que beira a anarquia, com reflexos na qualidade de vida da população mais pobre.
Como sempre ocorre, os ricos se protegem e são milhares aqueles que estão deixando o Brasil, levando recursos financeiros, os jovens e os talentos aqui desenvolvidos. No mais, a questão da segurança pública frustra o desejo de estrangeiros trabalharem conosco. O país derrete e se torna cada vez mais injusto. A desigualdade fica patente quando se compara vencimentos de servidores públicos no Brasil com os de nações ricas e socialmente mais justas.
Além de posições na política internacional, que estão nos isolando do mundo e já provocaram reação americana a tantas provocações, estamos perdendo a simpatia com que o nosso povo sempre foi distinguido no mundo.
A sociedade que discorda deste quadro, independente de ideologia, partidos políticos e religiões, deve se unir e buscar uma nova realidade.
Enquanto é tempo!
Publicado em: JORNAL O DIA 04/07/25