O número de brasileiros que vivem na Europa é estimado em 300 mil, mais de um terço dos quais em Portugal. O presidente Bolsonaro venceu com folga nesta comunidade, que votou nos diferentes consulados. E assistiram, mesmo depois da significativa votação de 57 milhões de votos, a insistência com que a mídia rotulou o presidente de “extrema direita”, repetindo acusações irresponsáveis de que ele seria homofóbico, racista etc. Ora, o presidente afirmou que governaria para todos, que não admitiria discriminação por raça, religião, opção sexual ou política. Está implantando um governo liberal na economia, combatendo a corrupção, a burocracia e a excessiva presença do Estado na vida dos empreendedores.
Já começa a tratar da questão indígena. Nos anos de esquerda no Poder, algumas regiões do país passaram a se constituir em unidades independentes, pois as “reservas” são protegidas da presença de policiais, dos militares, enfim, do Estado brasileiro. No extremo norte do país, existem fortes suspeitas de ligações com narcotraficantes dada a prosperidade que ostentam os índios, em automóveis e carrinhas de alto luxo e uso pessoal de peças de ouro.
Roraima produzia arroz para consumo interno e de parte de Manaus, a capital do Amazonas. As dez mil famílias de produtores foram expulsas pelo governo Lula da Silva, a produção foi arruinada e hoje a região importa arroz do sul do país. O governo se propõe a proteger os índios e a assegurar uma área razoável, mas com acesso aos serviços públicos do país. Integrar os índios, respeitando sua cultura. A esquerda mundial noticia que é de inspiração de proprietários rurais os novos limites, o que também não é verdade.
Outra questão que serve de base às afirmações de “extrema direita” é a liberação de armas para uso pessoal, de pessoas sem antecedentes criminais, com exames psicotécnicos, para defesa pessoal e de seu patrimônio – no caso dos agricultores frequentemente atacados por “sem terras” armados, que invadem propriedades, mas nem por isso fazem uso das mesmas para plantar. São profissionais dos movimentos de esquerda. Sobre a posse de armas, plebiscito feito há 15 anos, revelou que 65% da população defendia o direito à posse de arma de defesa pessoal e familiar.
Outra acusação, infelizmente com discreto aplauso de diplomatas, se refere a mudanças na política externa. Bolsonaro não convidou para a sua posse dirigentes da Venezuela, Nicarágua e Cuba, que foram contemplados com alguns mil milhões de dólares nos anos PT pelo crédito brasileiro e que já não pagam as primeiras prestações vencidas. Também quer acabar com uma política de generosos créditos a países africanos para proteger empreiteiras brasileiras, também sem chance de retorno. Acredita num bom convívio com os EUA e Israel. Aliás, o Chefe de Estado mais aplaudido pela multidão presente a posse em Brasília foi o primeiro-ministro de Israel. E a tecnologia dos israelenses será usada para amenizar os problemas na seca no nordeste brasileiro, assim como treinamento das forças de segurança interna. Vai haver uma grande renovação nos quadros. O novo chanceler é jovem e sua mulher é filha e neta de grandes diplomatas e sobrinha da escritora Clarice Lispector.
Curioso denominar de “extrema direita” um governo que venceu eleições limpas, sem recursos, apenas com a vontade popular de mudança, na busca do emprego – são 13 milhões de desempregados – segurança nas ruas, ensino nas escolas sem pregação ideológica e uma discutida “educação sexual”, que, na verdade, se trata de uma interferência no direito das famílias orientarem seus filhos.
Muito constrangedor essa linha de ataques, inclusive de jornais econômicos, que deveriam defender o mercado. No Brasil, está sendo conhecida uma lista vergonhosa de “palestras” pagas em média de 60 mil euros, a conhecidos jornalistas, sem comprovante que não os recibos de pagamento em 80% dos casos. Apesar de o país estar em crise econômica, os gastos do setor público em publicidade beiravam a mil milhões de euros por ano, incluído as empresas do Estado. Bolsonaro promete racionalizar e não acabar, como dizem. E a Previdência, na reforma necessária, não atinge a 10% dos aposentados, que ficam com 20% dos gastos e, sim, os salários altos, que ficam com 80% do orçamento da Previdência, que dá um prejuízo anual de 50 mil milhões de euros. Poucos países ricos suportariam pagar a seus altos funcionários aposentadorias em torno de dez mil euros, na média. Esta é a verdade sobre o Brasil Novo, que leva as esquerdas locais e internacionais ao desespero e a atitudes menores. Outra bobagem repetida é a presença de seis militares entre os vinte e dois ministros . Todos homens preparados, técnicos em suas áreas de atuação e nada diferente da tradição do Brasil . Antes de 64 era comum a presença de militares no Congresso Nacional, votados como os demais diretamente – o sistema brasileiro não é o de listas partidárias- . A oposição derrete adiante da manifesta confiança popular no governo . São fatos e não apenas observações .