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Com um leque de projetos de relevância para a vida do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes deveria deixar de lado a política e as eleições deste ano para cuidar do Rio, aproveitando que os outros estão mais preocupados com eleições do que com realizações.
Afinal, ele foi eleito como realizador que é e não como político. Aliás, perdeu em 2018 a eleição de governador como político, no rescaldo de seus entusiasmos com o ex-presidente Lula. Não viu que suas boas e oportunas relações com o então presidente deveriam de ser menos espalhafatosas em homenagem a seus eleitores de origem.
O secretário Chicão Bulhões, por exemplo, vem fazendo um admirável trabalho na atração de investimentos privados para o Rio, em busca da revitalização da cidade em crise. Todos sabem que empresário, seja ele nacional e, principalmente, estrangeiro, quer distância de lutas políticas. O negócio deles é investir, lucrar, empregando e pagando impostos que atendem a sociedade. Todo e qualquer envolvimento maior nas disputas em jogo em nada vai acrescentar ao prefeito, cujo futuro está vinculado ao resultado de sua gestão.
Neste momento de crise economia, de inflação, o talento fala mais alto na disputa por recursos. E talento o prefeito Eduardo Paes tem.
O secretário Bulhões, eleito pelo partido Novo, tem a postura liberal na formulação dos projetos em que está envolvido. Combate a burocracia, a gula fiscal, olha para resultados maiores no emprego e na geração de receitas a circularem na cidade.
Contando com as atrações naturais de uma cidade em que todos gostam e gostariam de viver, acha que, gerando clima amigável para o investimento e as preenchidas pré-condições como maior segurança, poderá criar na região portuária um polo de altos estudos de ciências, tecnologia, engenharia e informática, assim como consolidar e expandir o polo audiovisual da Barra da Tijuca e adjacências, e fortalecer o local como núcleo das empresas envolvidas no setor do gás e petróleo, aproveitando a sede da Petrobras e a produção estarem na região. Vontade e habilidade política são insumos. Não se poderá fazer nada em atrito com o estado e muito menos com a União.
Estamos diante de um caso em que a omissão será bem-vinda. O futuro saberá responder aos resultados e não aos discursos. O Rio já teve governante que fez muita política e zero de realizações. O povo não esquece!
Publicado em: Jornal Correio da Manhã 30-12-21