A intensidade desse movimento contestador dos valores tradicionais da sociedade exige que se reconheça a força do fenômeno, sua influência nas mídias, em especial na televisão, e se aprofunde nesta distorção ética e moral.
A grande maioria de seus militantes não trabalha, geralmente filhos das classes médias, ou exerce profissões que não exigem assiduidade ou cumprimento de horários rígidos.
Esses filhos da burguesia condenam o capitalismo, a “exploração dos pobres via aluguéis, baixos salários e juros”, mas vivem do produto desta “exploração”. Para eles, o trabalho não enobrece, a atividade artística e intelectual é que contam, sem as limitações impostas pelo capitalismo. Não se preocupam em saber como é que o mundo funciona, em todo lugar e sob todos os regimes. Formam uma casta e, como tal, devem ser tratados e reconhecidos.
Os alvos dessa estranha filosofia são a família, a religião, o capitalismo, a ação policial, os valores cívicos e patrióticos. E a maioria, pois o que vale são as minorias oprimidas.
Nas sociedades modernas, os preconceitos ou restrições por raça, religião ou opção sexual são reprimidas pela lei., pela ética e a moral. Toda e qualquer manifestação com um destes teores sofre a punição legal e a repulsa da sociedade. Assim tem sido, por vezes até de forma exacerbada em alguns casos. Mas não se pode dizer que no mundo ocidental sobrevivam preconceitos ostensivamente perceptíveis. Logo, a defesa destas teses como objetivo maior não se justifica. É demagogia, pretexto para uma militância estéril. Na sociedade em geral os membros destas minorias brilham e tem seu espaço. Basta ter talento, vontade de trabalhar e preparo.
A lista de movimentos é enorme. Engloba a questão indígena, hipotéticas posturas racistas e repressão sexual. Certamente já pensam em obter cotas nas faculdades e nos empregos públicos para estas minorias. Também a facilidade com que acusam personalidades de atos condenáveis vem crescendo, atingindo, aqui e no mundo, figuras da história com absurdas acusações.
As incoerências dos movimentos de suposta defesa de direitos dos afrodescendentes, brasileiros de quarta, quinta ou sexta geração, têm sido alvo de inteligentes abordagens do escritor, filósofo e jornalista baiano Antonio Risério, com alguns trabalhos publicados. Estes vêm confirmar textos de José Murilo de Carvalho, membro da Academia Brasileira e grande historiador, que registra em sua obra a presença de alforriados e mulatos no comércio de escravos na zona da mata de Minas Gerais. A maioria dos livros mostra que Zumbi mantinha escravos no Quilombo dos Palmares. A escravidão vem de antes de Cristo, como se sabe. Os judeus foram escravos no Egito, e não eram negros. Na Europa, muitos povos foram escravizados no primeiro milênio. Aqui, o máximo que poderíamos registrar, com mais de um século de atraso, foi a omissão da República no amparo aos libertos em 1888. A Princesa Isabel tinha o projeto de habilitar a mão de obra escrava para atividades profissionais.
Esse objetivo de dividir o nosso povo, exemplo mundialmente reconhecido de miscigenação vitoriosa – e singular –, é lamentável sob todos os aspectos. Tão importante quanto garantir a não discriminação de qualquer natureza parece ser desmistificar os que insistem em apresentar o brasileiro como um povo discriminador.e racista . Recente documentário na televisão francesa afirma que Machado de Assis era negro, quando sua mãe era portuguesa. E desconhece a sociedade da Bahia, de maioria negra ou mulata, em todas as profissões. Aliás, estes movimentos em nome da “raça negra” só agora passam a ter alguns miltantes afro-descendentes, pois a maioria ainda é de brancos, de classe média. Nunca é demais repetir que no caso do Brasil a discriminação é economica-sociale não racial. Mas este radicalismo, que na Europa tem a marca do islamismo principalmente, visa acabar com a civilização judaico-cristã em poucas décadas.
E prova de que o ódio cega é Lula da Silva atribuir a Zelensky culpa por ter sido invadido
Publicado em: Jornal Diabo.pt 19-05-22