Classe, educação, elegância e prestígio pessoal não têm a ver com dinheiro. Quando no Brasil existia o que se convencionou chamar de sociedade, a mais importante era a do Rio de Janeiro, então capital da República.
Classe, educação, elegância e prestígio pessoal não têm a ver com dinheiro. Quando no Brasil existia o que se convencionou chamar de sociedade, a mais importante era a do Rio de Janeiro, então capital da República. E nem todos os seus maiores nomes eram homens ricos, apenas bem-sucedidos. Um ícone era Carlos Eduardo de Souza Campos, conhecido por Didú, funcionário do Banco do Brasil. Não era rico, mas gozava de imenso prestígio e recebia com categoria em sua casa, ao lado da mulher, Teresa, depois Princesa de Orleans e Bragança.
Álvaro Catão foi outro elegante, que chegou a ser deputado e senador por Santa Catarina. Com a mulher, Lourdes, era grande anfitrião, em sua bela casa da Urca, de prestígio internacional. O empresário e corretor de seguros Gustavo Magalhães, auxiliado pela sua elegantíssima mulher Guiomar, marcou época no Largo do Boticário. E havia ainda os solteirões que faziam a vida noturna e social, como o industrial João Neder, o tabelião Carlos Roberto de Aguiar Moreira e o jornalista Álvaro Americano.
Uma época em que o dinheiro não comprava prestígio, posição social e respeitabilidade. Tudo ficava por conta das qualidades, da educação e do caráter de cada um.