Na vida da diplomacia mundial, o melhor nem sempre é o que parece. A designação para um posto é preocupação de todos os funcionários diplomáticos. E a vida das cidades a que se destinam é fator determinante de agradar mais ou menos, independentemente de ser uma Embaixada, um Consulado ou um organismo internacional. Nos EUA, por exemplo, temos muitos embaixadores, além de nosso representante em Washington. Há ainda, na capital, o na OEA, dois em Nova York, um como cônsul-geral e outro como representante na ONU. Miami é também consulado de embaixador. Fácil adivinhar que servir em Nova York é o melhor. Na França, em Paris, são três, o da embaixada, o da UNESCO e o cônsul-geral.
Em Portugal também é assim. O embaixador fica em Brasília, outro no Consulado em São Paulo e outro no Rio de Janeiro. A diferença é que, no Rio, o consulado fica num belo Palácio, na rua São Clemente. O atual ministro da Cultura, Luis Felipe Castro Mendes, foi cônsul-geral no Rio e o atual, embaixador Jaime Leitão, é da nova geração de diplomatas e veio de importante missão no Golfo Pérsico. E a presença de portugueses é significativa.
Antes, o Itamaraty tinha uma tradição de compensar o diplomata, que, depois de um posto denominado de “sacrifício”, recebia uma transferência para um país de seu agrado, diante das opções disponíveis. Esta política agora nem sempre é seguida.
Hoje, são raros os embaixadores do Brasil fora da carreira. Aliás, neste momento, nem um.