Nos últimos anos, tem crescido a curiosidade das pessoas em relação às suas origens familiares. Assim como os que estudam Genealogia, Heráldica e Nobiliária.
O fenômeno, que é mundial, está presente no Brasil, onde cresce o número daqueles curiosos de suas origens e que encontram, com prazer, ancestrais nobres ou importantes, oferecendo uma legítima autoafirmação. E boa autoestima não faz mal a ninguém.
No Brasil, o editor paulista João Scortecci acaba de lançar o excelente ensaio sobre o tema do estudioso Armando Alexandre dos Santos, publicado anteriormente na Revista da Academia Brasileira de Letras. Aliás, o escritor, morador de Piracicaba, é autor de obra singular sobre a história do Brasil, em especial aquela ligada à monarquia, da qual é partidário.
No entanto, a busca de origens tem crescido também por razões práticas. Entre os que a procuram em países europeus, estão os com vistas a pedidos de nacionalidade. Alguns países já facilitam a cidadania para netos, e não mais apenas filhos de naturais. Uma onda de pedidos que movimenta os consulados dos países europeus, em especial em nossas cidades, é fruto de certo pessimismo quanto à recuperação de nossa economia e até mesmo receio de problemas políticos que possam limitar a movimentação de recursos.
Portugal lançou, para as famílias mais abastadas, o denominado Golden Visa, um visto de residência a quem investir mais de 500 mil euros no país. Muitos estão tirando e, recentemente, uma empresa portuguesa lançou, no Rio e em São Paulo, imóveis nas cercanias de Lisboa, em Belas, com sucesso.