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Na BR 101, a cerca de 100 km ao norte do Rio de Janeiro, está o município de Silva Jardim, homenagem ao advogado e jornalista ali nascido, formado em São Paulo e um dos grandes ativistas pela abolição e pela República.
Em pouco tempo de atividade, incluiu seu nome na história. Homem bonito, mas de saúde frágil, aos 30 anos, em 1891, fechou o escritório e resolveu viajar pelo mundo.
Essa viagem marcou sua morte, e de uma maneira trágica e singular. Estando na Itália, em Nápoles, teve a curiosidade de conhecer o vulcão Vesúvio, próximo das ruínas de Pompéia, cidade soterrada há quase dois mil anos na maior erupção do famoso vulcão.. Foi com o amigo Joaquim Carvalho de Mendonça e um guia local. Empolgado com o espetáculo de um vulcão tão perto, não percebeu a abertura de uma fenda a seus pés e foi tragado, para horror de Mendonça que conseguiu sair com pequenos ferimentos. No Brasil, chegou-se a especular se não teria sido suicídio, mas o depoimento do amigo no regresso afastou a hipótese.
A Itália possui os três únicos vulcões da Europa, sendo que a última erupção do Vesúvio foi em 1944, no final da II Guerra Mundial. Os outros dois ficam em ilhas. A região de Pompéia, hoje, recebe cerca de dois milhões de turistas por ano e são centenas as estátuas de quase dois mil anos dos habitantes petrificados pela catástrofe. A cidade ficou soterrada por séculos. A área toda é Patrimônio da Humanidade e está bem preservada. A morte do brasileiro faz lembrar o dito popular de que não se brinca com fogo…..