As cidades brasileiras entraram na era da gastronomia de qualidade. Proliferam as semanas dedicadas à boa comida em todo o país. E a televisão, então, está dominada por programas de grandes chefes com suas receitas e contando seus segredos. A indústria aproveita e lança aparelhos elétricos para facilitar a vida nas cozinhas. Antes, o local era reservado a cozinheiras e donas de casa, agora os homens invadiram as cozinhas.
O curioso nisso tudo, com restaurantes surgindo a cada dia com propostas novas, é a presença marcante da comida japonesa, especialmente entre os jovens. Os pratos regionais desapareceram dos cardápios e os restaurantes de comida típica são cada vez menos presentes nesta grande e variada oferta, embora sejam de baixo custo.
A culinária baiana, por exemplo, virou raridade na região sul e sudeste. Sobrevive na Bahia, é claro, em Brasília e um pouco no nordeste. A mineira está resumida a poucos pratos. Por exemplo, a maioria das pessoas desconhece o que seja uma “vaca atolada”, que é a costela de boi cozida com aipim e temperos.
Brasília talvez seja hoje a cidade com maior presença da cozinha regional, com belas churrascarias, boas opções de comida nordestina, baiana, mineira, capixaba . O Rio, como principal porta de entrada do turista estrangeiro, está com poucas opções nesta área, embora tenha uma oferta criativa e rica, muito de acordo com a alegria de sua população, especialmente os jovens.
Uma observação a ser meditada pelo mercado, nestes tempos de contenção nos gastos!!! E de valorização do produto nacional.