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As relações Brasil-Portugal são efetivamente sólidas em todos os sentidos. São muitos os episódios que retratam a grandeza nas Quando Delfim Netto era ministro de Costa e Silva, surgiu um projeto, com aplauso do Banco do Brasil do saudoso Nestor Jost. A proposta era de o país instalar em Portugal uma área alfandegada para estocar alguns produtos para pronta entrega na Europa. A ideia é mais do que atual, uma vez que, na época, a União Europeia reunia apenas os seus fundadores.
relações dos dois países e dos dois povos após a separação de 1822. É sempre bom lembrar que Portugal, em 1815, nos elevou a Reino Unido e a Independência foi, na verdade, uma separação de países irmãos.
A história registra a generosidade na volta da Corte de D. João VI, que deixou em nossa terra preciosidades como os 20 mil volumes, da maior qualidade, que vieram de Lisboa e formaram a Biblioteca Nacional. Recentemente, a biblioteca jurídica do Professor Marcelo Caetano, que viveu seus últimos anos aqui, foi destinada ao Real Gabinete Português de Leitura.
Por outro lado, o Brasil acolheu milhares de famílias portuguesas
obrigadas a deixarem o país em função do movimento de abril de 1974, que praticava toda sorte de arbitrariedades contra empresários urbanos e rurais. Muitos retornaram com a volta do Estado de Direito, como o ex-presidente da união Europeia Durão Barroso.
O pai do atual presidente português, o ilustre professor Baltazar Rebelo de Sousa, também encontrou acolhida no Brasil. Além de grandes empresários, como António Champalimaud, que criou a SOEICOM, maior unidade cimenteira do Brasil, em Minas, e os irmãos Manuel e Mário Vinhas, que trouxeram a cervejaria Skol, entre outros.
Por isso, nesse momento em que a prioridade não é mais os “bolivarianos” e que a Argentina também deseja mudar o Mercosul para liberar acordos comerciais de países membros, o Brasil deveria promover uma união com Portugal. E, depois, chegar aos demais países de língua portuguesa, em feliz entrosamento econômico.
Portugal tem uma ampla lista de produtos exportados, muitos de alta tecnologia, que poderiam se beneficiar de nosso mercado. E nós, de sua capilaridade no comércio exterior com credibilidade.
O momento é este. Ambos os países enfrentam dificuldades. O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, estará no Brasil agora. Fica a sugestão de pauta, que acredito ser também da Câmara de Comércio Brasil-Portugal do Rio de Janeiro.