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Apesar da grave crise financeira herdada pelo governador Romeu Zema, Minas pode gerar polos de desenvolvimento com uma política ousada de incentivos, atraindo a livre empresa e investindo pouco. E consolidar a opção feita nas urnas por um governo liberal, aberto ao empreendedorismo e à geração de riqueza pela iniciativa privada.
No turismo, deveria ser prioridade recuperar o Circuito das Águas, que foi sucesso nas primeiras décadas do século passado, hospedagem de governadores e presidentes, especialmente de Getúlio Vargas, habitual em Caxambu e São Lourenço. A rede hoteleira de qualidade já existe, apesar da crise. Os acessos rodoviários de BH, São Paulo e Rio são de boa qualidade. Com criatividade, pode-se criar uma agenda de eventos para meses de baixa ocupação, mas de bom tempo, como agosto, para eventos ligados à gastronomia, de produtos tipicamente mineiros como doces e queijos, defumados, reunindo indústrias, produtores agrícolas e compradores. Um seminário de três dias, com a presença do governo estadual e ministro da Agricultura, dirigentes do BNDES e Banco do Brasil. E a criação do curso de especialização de Medicina da Crenologia, a cura pelas águas, muito comum na Europa e presente no Circuito das Águas no passado. Belo Horizonte já teve esta Cadeira na Faculdade de Medicina.
Em outro mês, o governo poderia estimular um encontro do Sistema S regional em Araxá, que tem instalações e possui potencial de mão de obra a ser aperfeiçoada e treinada. Na região central, em Diamantina, um outro encontro voltado para temas ligados ao patrimônio histórico e artístico, artesanato e mineração. As cidades históricas poderiam sediar escolas de restauro na pintura, na arquitetura, imagens, móveis etc. promover encontros regionais com prefeitos em cidades polo como Governador Valadares, Ipatinga, Barbacena , Curverlo, Pousdo Alegre , Montes Claros , com a transferência do governo por 24 horas em cada encontro anual.
O sul de Minas, mais rico e com bons empregos, poderia melhorar os acessos rodoviários e o uso da aviação, além do fortalecimento do polo tecnológico de Santa Rita do Sapucaí e da atração de novas indústrias.
A capital e sua região metropolitana precisam dar uma pausa no crescimento, para melhorar a qualidade de vida da população, em todos os sentidos, a começar pela mobilidade. BH faz seu cidadão perder muito tempo no trânsito e não pode continuar a se ressentir de um arco metropolitano decente.
É um desafio para o governador, que é homem mais voltado para o fazer do que para o prometer. A pauta está aí.