|
Getting your Trinity Audio player ready...
|
A provável eleição de Eduardo Paes para o governo do Rio de Janeiro colocará no comando da Cidade Maravilhosa o vice-prefeito, Eduardo Cavaliere, que mostrou no exercício de mandatos no legislativo representar uma saudável revelação da nova geração. Aliás, o prefeito do Rio tem um bom histórico na escolha de jovens preparados e bem testados em funções no executivo municipal.
Nada mais natural que a crise de credibilidade por que passa a classe política no Brasil venha a proporcionar uma salutar e oportuna troca de gerações na vida pública, que, mesmo que plural sob o ponto de vista ideológico ou partidário, trará a modernidade não apenas na gestão pública, mas na própria maneira de entender as prioridades que possam elevar o nível de vida da população nos serviços básicos – segurança, educação e saúde –, como também no aperfeiçoamento da mão de obra que nos retire da constrangedora posição de país de pouca produtividade e baixa remuneração de sua massa trabalhadora. Não se pode pagar mais a quem produz menos. O entrave no Brasil vem de muitos impostos e baixo preparo da mão de obra.
O Rio precisa atrair a nova economia para gerar emprego e renda, ser a sede, de fato, das empresas que atuam no continente pela qualidade de vida e pela atração da economia moderna da Inteligência Artificial, da tecnologia de ponta, na pesquisa para a qual já possui entidades do porte da Fundação Oswaldo Cruz, da Getúlio Vargas, da Comissão Nacional de Energia Nuclear, dos museus de referência, entidades acadêmicas como a de Letras, de Medicina, do Pen Club , da Escola Naval, Superior de Guerra, do Militar de Engenharia. Algumas empresas já possuem centros de pesquisas na cidade, além do setor de energia elétrica e do petróleo.
Na Medicina, a recuperação em poucos anos pelo setor privado já nos devolveu a posição semelhante aos novos polos de qualidade, como Porto Alegre e Belo Horizonte, próximos da excelência de São Paulo.
Para isso, é necessária a renovação de quadros, de mentalidade, de práticas. Sem rupturas, mas com coragem e vontade de todos.
Publicado em: Jornal Correio da Manhã 05/09/25
