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Uma boa pauta para o governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes seria a criação de um grupo de trabalho para levantar as instalações industriais ou agrícolas do Estado e da capital abandonadas em função de falências. Um decreto de desapropriação destes imóveis e seus equipamentos poderia ajudar a liquidação das empresas e seus imóveis serem colocadas à venda para investidores, que, assim, ganhariam tempo.
A fase pós-pandemia, que esperamos ocorra logo, vai exigir muita agilidade do setor público para atrair investidores. O importante passará a ser a recuperação do emprego, e estas instalações poderiam ser reutilizadas em menos tempo do que com novas construções e compra de maquinário.
As procuradorias, em combinação com as varas de Falências, mapeariam o que pode ser aproveitado em curto prazo e trataria da maneira de chegar aos investidores, por leilão, venda direta por propostas ou outro meio, que não seja burocrático. Quem anda pelos subúrbios, pela baixada e mesmo pelo interior sabe que muita coisa pode ser feita. Em Campos, por exemplo, algo em torno da volta da cana e revitalização das usinas de açúcar e álcool seria provavelmente possível. E estão degradadas, à espera de um pacote criativo de aproveitamento. Na região serrana, Petrópolis em particular, são muitos os galpões abandonados.
Infelizmente, a poupança no Brasil é bem abaixo do desejável, o endividamento de famílias, empresas e poder público é que assusta. Atrair capital a esta altura só com muita vontade política, pragmatismo e sem pensar no benefício do investidor, que atua para ganhar, mas sim na geração de emprego para o trabalhador e renda para o setor público.
Temos de sair da politicagem barata. Logo!
Publicado em: Correio da Manhã