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Paulo Francis, o gênio esquecido

Aristóteles Drummond jun 21, 2022 6 0

O jornalismo no Brasil teve no século passado alguns nomes verdadeiramente relevantes pelo talento, presença e personalidade. Alguns próximos da genialidade pelo texto, temperamento e repercussão. A saber:

Roberto Marinho e Assis Chateaubriand, pelas empresas criadas e pelas décadas de influência.

Carlos Lacerda, genial jornalista, polemista, tradutor, escritor, orador e bom administrador do Rio de Janeiro. Demolidor de presidentes, como Getulio, que levou ao suicídio, Jânio, fazendo-o renunciar, e Jango, que conduziu à deposição. Critico de Salazar, apoiou o General Antonio Spinola no exilio no Brasil, publicou memoraveis artigos no PARIS MATCH sobre a tentativa de tomada do Poder em Portugal pelos comunistas.

David Nasser, com texto trepidante e personalidade fascinante. Mas, com péssima dicção, seus textos eram lidos na televisão por Jorge Curi, o grande locutor da época. Seus artigos semanais em O CRUZEIRO e depois em MANCHETE eram aguardados pelos leitores . Tinha paixão por Portugal, manifesto em um de seus livros .

Hélio Fernandes, em mais de meio século combativo, chegou a ser confinado pelos governos Jango e nos militares. Assumiu a Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda por 50 anos.

Paulo Francis começou no teatro como ator e diretor, depois foi crítico de teatro e chegou ao jornalismo político no Pasquim – do qual foi fundador. Passou pelos jornais Folha de S. Paulo, ‘Estadão’ e O Globo, com uma página semanal enviada de Nova York, onde morou por 25 anos. Foi uma atração, com Nelson Motta, no programa de televisão Manhattan Connection, de grande audiência na TV por assinatura. Este notável intelectual, romancista, fez oposição aos militares, mas sempre combateu o comunismo. Nova York o levou a consolidar sua crítica à esquerda brasileira e foi determinante no distanciamento do marxismo de outros intelectuais, como Nelson Motta, que também morou em Nova York. Pouco antes de morrer, teve um jantar com Roberto Campos, maior pensador liberal do Brasil. Seu abandono das esquerdas foi uma versão brasileira da ocorrida na Europs com Mario Vargas Ilosa, Jorge Semprum, Fernando Arrabal, Yves Montand e Costa Gravas.

Foi um morador por vinte e cinco anos, apaixonado por Manhattan. Dizia que, como cidade em que circulava muito dinheiro, tinha tudo de bom na vida. Museus, ballet, teatro, excelentes restaurantes. Passou de crítico do presidente Nixon a admirador, considerando ter sido um dos grandes presidentes americanos.

Foi o primeiro a apontar que a Petrobras era um foco de corrupção e privilégios, o que lhe custou um processo que teria influído em sua morte, num enfarte súbito.

 

Grande frasista, deixou, entre outras, as seguintes pérolas:

“Todo otimista é um mal-informado.”

“Marx escrevendo sobre dinheiro é como um padre escrevendo sobre sexo.”

“Não há quem não cometa erros. E grandes homens cometem grandes erros.”

“Ser comunista exige um ato de fé sobre-humana.”

“A ignorância é a maior multinacional do mundo. “

“Qualquer pessoa inteligente é contraditória.”

“A melhor propaganda anticomunista é deixar um comunista falar.

“Qualquer imposto no Brasil é uma doação, pois você paga e não recebe nada em troca.”

Um imerecido silêncio sobre sua vida e obra se deve a sua evolução para a democracia capitalista, que abraçou em seus anos de Nova York. Neste ano, aos 25 anos de sua morte, há um constrangedor silêncio da mídia brasileira.

 

Publicado em: Jornal Diabo Portugal 

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