O presidente Bolsonaro e o governador Wilson Witzel precisam ajustar uma pauta comum e de emergência para o Rio, coordenando ações federais, estaduais e até com municípios. Afinal, o presidente fez toda a sua carreira no Rio, eleito sempre como o mais votado, assim como seus filhos Flávio e Carlos. E providências urgentes a serem tomadas não faltam, pois os governos Dilma e Temer foram frios com o Rio de Janeiro.
Urgente, por exemplo, é libertar a capital do isolamento do resto do país pela precariedade de suas principais vias de acesso, como a Washington Luiz. As obras da nova subida da serra de Petrópolis estão criminosamente paradas, apesar da cobrança de pedágio no trecho, e a Rodovia Presidente Dutra, com a descida da serra das Araras com engarrafamentos diários em função de acidentes. O traçado é dos anos 30. O projeto está pronto, é simples e esta preso na burocracia do Meio Ambiente, importante setor da vida nacional libertado da demagogia e irresponsabilidade pelo presidente que colocou no Ministério o jovem competente, Ricardo Salles, para liberar empreendimentos de alto interesse nacional. No caso da Dutra, trata-se de praticamente alargar a pista existente de subida. Retomar as obras do Arco Rodoviário, entre Itaboraí e Guapimirim, que, beneficiará toda a região dos Lagos, o Comperj e o novo polo a ser desenvolvido em seu entorno. E, no Rio, presidente e governador precisam cobrar da Prefeitura um ritmo maior na finalização da nova Avenida Brasil.
Urge, providências práticas, como a reforma e a reinauguração do Hospital Gaffrée e Guinle, cruelmente abandonado pelos governos anteriores. Também é preciso determinar que o ministro da Educação devolva ao Pavilhão de São Cristóvão do Colégio Pedro II o nome do Almirante Rademaker, que obteve os recursos para a sua construção e foi aluno do educandário que já foi referência nacional, A instituição é federal e o governador do Rio tem honrosa passagem pela Marinha do Brasil.
Com um pacote incentivado na Lei Rouanet e na Lei do ICMS para a cultura, o Estado poderia ainda captar urgentemente recursos para a restauração das igrejas históricas do Centro do Rio, a começar pela Candelária, com sérios problemas, incluindo o acervo de quadros notáveis. Assim como os que estão na Santa Cruz dos Militares e na São Francisco de Paula, entre outras. Este é um aspecto do Rio a ser melhor tratado pelo turismo cultural e religioso.
Por fim, é necessário sair do papel o aproveitamento do transporte marítimo para os municípios ao fundo da Baía da Guanabara, como São Gonçalo e Caxias.
O custo em recursos financeiros desses projetos não são altos. E só o impacto deles, certamente, ajudará a animar a economia.