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O prefeito Eduardo Paes, pelo que se sabe, realmente gostaria de terminar o seu mandato e tirar pelo menos um ano sabático, estudando e convivendo mais com a família, depois de quatro proveitosos, mas exaustivos, mandatos à frente da Prefeitura do Rio de Janeiro.
A vida pública, porém, tem seu lado de missão, de responsabilidade cívica e social. Eduardo Paes não esconde que adora ser prefeito do Rio, função que realmente exerce com entusiasmo e dedicação integral. Tem amplo apoio da população, independentemente de suas posições políticas.
A pobreza de quadros políticos no Brasil é indiscutível. Não seriam dez os brasileiros em condições de vencer eleições e garantir qualidade no trato da gestão pública. Muitos valores estão ocultos nos quadros técnicos, nos quadros de excelência civil e militar do setor público e até do empresariado. Mas não conhecidos nem testados.
Observando com realismo a conjuntura política se constata que o prefeito ficará mal caso insista em atender ao seu interesse pessoal e não a responsabilidade de emprestar seu bom senso na esfera política.
Assim, pode e deve ser candidato a governador do Rio ou partir para o cenário nacional, primeiro como opção de vice confiável a uma suposta candidatura Lula ou mesmo com a indicação de seu partido, numa ampla coligação, à própria Presidência da República.
O andar da carruagem da crise que vivemos na economia e seus evidentes reflexos políticos aponta para a gravidade das opções para o futuro do Brasil.
A paz e o progresso podem depender das forças políticas no governo, sem seus erros. Existem quadros confiáveis, como o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o prefeito Eduardo Paes e até o ministro Fernando Haddad. A oposição tem todas as condições de vencer com boas chapas com os governadores Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas, deputados como Aécio Neves, ACM Neto, mas com certa distância do discurso tóxico de Bolsonaro, que, por mais incrível que possa parecer, ainda é uma liderança popular importante, apesar da rejeição imensa que desperta e alimenta, mas capaz de eleger um improvável Lula como em 22.
O problema mais urgente do Brasil é a qualidade de seus dois principais líderes que provocam esta polarização.
Quem viver verá!
Publicado em: jornal O Dia 07/04/25