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O mundo vive um momento confuso, de perplexidade, com a falta de uma elite preparada para conduzir, deixando que as democracias sejam entregues à demagogia e à irresponsabilidade das diferentes esquerdas. As mesmas que, ainda na velha cartilha de Lenine, dominam o mundo intelectual e artístico.
A palavra de ordem é desprestigiar o capitalismo, os militares, os valores da família e da civilização oriental (não seria ocidental?). As redes sociais mostram o alto grau de ressentimento de uma classe média formada sem limites, no mundo consumista que alimenta frustrações.
A brasileira Lilly Safra, que mora na Europa há mais de 30 anos, uma das mulheres mais ricas do mundo, doou mais de 89 milhões de dólares para a reconstrução da Notre-Dame. Logo que foi divulgado o gesto de generosidade e amor à cultura, desabaram comentários críticos, censurando a mecenas por não socorrer os miseráveis africanos, os subnutridos brasileiros, as vítimas da tragédia em Moçambique. Pessoas que, certamente, são incapazes de dar uma moeda ou um pão a um pedinte. Pela variedade de sugestões, a doadora precisava ser dona do mundo, e não apenas de uma das grandes fortunas.
O processo desencadeado nos parlamentos das democracias mais avançadas é chocante. A esquerda brasileira está propondo uma alteração na lei laboral que institui “a licença menstruação” de até três dias. Um ato inconsequente e que prejudica mais do que favorece as mulheres.
No Brasil, a economia não arranca pelos problemas de natureza política que afetam as reformas no Estado. Sempre tendo como atores a esquerda, que impede, com greves e ameaças à melhoria do ambiente para os investimentos, o resgate de parte dos 13 milhões de desempregados.
Convém lembrar, mais uma vez, o jurista e filósofo Francisco Campos, autor da Constituição do Estado Novo brasileiro, que deu oito anos de paz e crescimento ao país e, mais tarde, no final da vida, ainda foi o mentor dos atos que o Movimento de 1964 precisou para promover reformas e fazer o país crescer a taxas superiores a dez por cento – no governo do presidente Médici. Ele proclamava sua grande preocupação com o evoluir da democracia sem limites e controles, que acabaria por chegar à anarquia pelo número de leis, decretos e vantagens, diminuindo cada vez mais as obrigações do cidadão, e quase que condenando os povos à escravidão pela via dos impostos abusivos.
Percebe-se um acordar da sociedade ocidental, manifesta na opinião pública, mas não na que é publicada, em função desse tipo de orientação levar ao desemprego, a violência urbana e a desagregação das famílias.
As esquerdas derrotadas com o fracasso da União Soviética se mantêm pela força bruta em Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e África. Sepultaram, no entanto, as teses revolucionárias e optaram pela ação solerte na destruição de valores e com recursos extorquidos do capitalismo, do qual conseguem gerir orçamentos públicos.
A esperança parece residir mais nas novas gerações que estão surgindo. Estas estão resistindo à chamada “lavagem cerebral” nas escolas e universidades, onde a disciplina e o respeito também andam desaparecendo.