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O século XXI, que poderia se beneficiar dos erros do século anterior, vai repetindo, quando não acentuando, a exploração dos povos em “nome da causa”. A “causa” na verdade é a criação de uma casta de privilegiados nos países de influência socialista, seja por meio do empreguismo bem-remunerado e pouco produtivo, a casos de corrupção, estatais ineficientes e generosas com empregados. O custo social não importa. Afinal, a palavra de ordem não é ajudar os pobres, mas perseguir os ricos, como se eles não empregassem e pagassem mais impostos.
Com inexplicável acolhida nas classes médias, a começar pelos filhos que vivem de mesadas, algumas perguntas não são feitas e, quando feitas, não são respondidas, a saber:
1 – As estatais a quem pertencem? Aos Estados ou aos empregados? Os empregados ganham mais ou menos do que a média do setor privado? Estatais são bem geridas? Quem paga prejuízo de uma estatal?
2 – Governos de esquerda pelo mundo, onde convive com um mínimo de capitalismo e liberdade, empregam mais do que sociedades capitalistas que adotam a meritocracia e não o compadrio para nomeações?
3 – Países endividados, que fazem crescer a dívida pública, atraem investidores? Os juros altos têm alguma relação com a oferta de títulos de emissão pública?
4 – Uma empresa aérea estatal pode custar até 300 euros per capita, penalizando quem nunca entrou num avião? E nas privadas, quem ficou com os prejuízos da pandemia?
5 – Após o 11 de setembro, a esquerda americana, em princípio e depois com adesão de todo ocidente, retirou o livre arbítrio do cidadão no uso de seu dinheiro poupado? Não afeta os direitos humanos – e a cidadania – o contribuinte correto para sacar dez mil euros de sua conta ter de dar explicações? Não seria melhor se pedir uma vez por ano certidões de regularidade fiscal?
6 – Qual a justificativa para que as cidades sejam omissas quanto à ocupação de suas calçadas pela população de rua? Não seria dever abrigar, orientar e encaminhar estas pessoas?
7 – Qual a intenção das esquerdas geralmente estarem mais preocupadas com o tratamento dado pelas policiais aos bandidos que agridem a população ordeira e trabalhadora do que prestigiar políticas de segurança pública? A esquerda elege “minorias intocáveis”?
8 – Classe política, especialmente mais à esquerda, não moderniza os códigos que tornam a Justiça injusta por que motivo? É justo que poderosos arguidos fiquem livres, leves e soltos, no usufruto de bens ilicitamente adquiridos? Os magistrados não são cobrados quanto a prazos por quê?
9 – O capitalismo acovardado financia publicações que abrigam maioria marxista com que justificativa?
10 – Como explicar países de bom nível cultural ainda votarem em coligações que não levam ao progresso e à justiça social? O que fazer para acabar com a impunidade?Perguntas que deveriam estar na ponta da língua dos que são infectados pelas teses do atraso
Perguntas que deveriam ser respondidas pelos que são infectados pelas teses do atraso . As universidades barram os grandes economistas e sociólogos que não rezam na cartilha de Marx.
Nos países de muitos partidos com presença nos legislativos fica cada vez mais difícil reformas que afetem os privilégios desta nova classe. Minando as economias das democracias ocidentais é que a China se tornou esta potencia, em menos de quatro décadas . E outros asiáticos relevantes hoje, como Coreia do Sul, Taiwan e o Japão, que vai se recuperando aos poucos. Mas a hora da verdade vai chegar caso não se encontre lideranças como as dos anos oitenta, com Reagen, Thaetcher e João Paulo II, que reverteram a decadência ocidental por algum tempo.
Publicado em: jornal O Diabo.pt 08/12/22