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Petrópolis não é, na política, o deputado Daniel Silveira, e muito menos o prefeito Rubens Bomtempo. Possui, entre os municípios brasileiros, incluindo capitais, um invejável histórico de políticos admirados, respeitados na cidade, no Estado do Rio e no plano nacional.
É preciso lembrar aos mais velhos e informar aos mais jovens que Oswaldo Cruz, o grande sanitarista, foi prefeito da cidade. E que Yedo Fiuza, prefeito mais de uma vez nomeado na era Vargas, foi candidato dos comunistas a presidente da República e chegou em terceiro lugar. O empresário, homem de sociedade e que foi secretário de Fazenda no governo Negrão de Lima, Márcio Moreira Alves foi também prefeito. O filho, deputado Marcito, entrou para a história como o pretexto para o AI-5.
Nelson de Sá Erp, neto de Hermogênio Silva, um estadista fluminense, foi notável prefeito e, como médico, um benfeitor da cidade com o Pronto Socorro e a formidável e conceituada Faculdade de Medicina de Petrópolis. E legou o filho, Pedro Paulo Sá Erp, como referência médica da cidade e da urologia brasileira.
Em termos de bancada federal, Petrópolis sempre deu banho de relevância nacional. Foram eleitos com base na cidade personalidades como Raimundo Padilha, nascido no Ceará, mas político a partir de Petrópolis, onde está enterrado. Grande orador, intelectual, foi governador do Estado e legou filhos notáveis, como o jornalista Guimarães Padilha, que foi diretor do Jornal do Commercio e de O Globo, e Tarcísio da Academia Brasileira, além de mais quatro.
A lista de federais inclui Cordolino Ambrosio – que foi prefeito também –, Adolfo de Oliveira, de quatro mandatos e de projeção no Congresso, Edilberto Ribeiro de Castro, do norte fluminense, mas que estudou em Petrópolis, onde foi votado, Altair de Oliveira Lima, de presença no Rio no grupo de notáveis como Carlos Niemeyer, Mario Saladini, Ibrahim Sued e outros. Jamil Sabrá foi prefeito, o filho Nelson, deputado, e o neto Jamil, vereador, na melhor tradição da defesa de Petrópolis.
A cidade sempre contou com uma bancada de referência, sendo que, hoje em dia, tem votados de prestígio e muito bom trabalho em Brasília, como é o caso do educador Julio Lopes, em quarto mandato.
Esta é a Petrópolis que precisa voltar. Retorno ao assunto
Publicado em : Diário de Petropolis 01-05-22