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As forças vivas da nacionalidade, a começar pelos militares, precisam reagir ao mesquinho revanchismo de fracassados da esquerda contra os 21 anos de ordem e progresso que o país viveu e que insistem em chamar de ditadura.
A anistia foi iniciativa e compromisso do presidente João Figueiredo, aprovada no Congresso Nacional. Pacificou o país e logo na eleição de 82 os grandes nomes da oposição, até então no exílio, foram eleitos nas eleições gerais. Convém lembrar a eleição de Brizola, no Rio, Tancredo, em Minas, e Arraes, em Pernambuco. O texto foi perfeito. Quem melhor se refere à anistia como realmente ampla, geral e irrestrita é o deputado de dez mandatos Miro Teixeira, homem versado nas letras jurídicas e um dos grandes nomes de sua geração na política brasileira.
É claro que as esquerdas, e não o segmento liberal, que se opôs à Revolução depois do AI-5 não perdoam os feitos daqueles anos que retirou o Brasil da 46ª posição entre as economias mundiais e nos levou a oitava, no período. Hoje, devemos estar no 12ºlugar. Falam muito do social, mas o maior e mais justo ato de larga abrangência social foi a integração à Previdência Social do trabalhador rural, assegurando a aposentadoria automática aos 70 anos, por iniciativa do presidente Médici.
Todos os quatro presidentes revolucionários, e mais o General Geisel, entraram para a história como brasileiros que não ambicionaram o poder que exerceram como missão cívica e patriótica. O presidente Médici é o alvo principal do martelar calunioso justamente pelos memoráveis feitos de seu governo, quando o Brasil crescia acima de 10%.
Nesse quadro, que provoca este ressentido revanchismo à memória popular, registra a austeridade dos militares, de suas famílias e colaboradores.
A eficiente repressão a movimentos armados, com sequestros de diplomatas e a barbaridade da execução de inocentes, pode, aqui ou ali, no calor dos acontecimentos, ter exagerado. Mas entra no contexto do espírito da anistia. E atos de barbárie, como a morte do Major Martinez e dos mortos no atentado de Guararapes, também devem de ser lembrados.
Peritos na arte de narrativas deturpadas querem colocar a Revolução no contexto político atual, procurando associar o movimento ao ex-presidente Bolsonaro. A falsidade começa pelo fato de o ex-presidente, na época, não ter idade para participar, não ter exercido nenhum cargo e ter sido afastado da caserna como capitão. E tem comportamento ao longo da carreira bem distinto daqueles que serviram o Brasil em diferentes funções no bom período.
Apesar de ter feito um bom governo, o ex-presidente nunca teve a cumplicidade dos militares em seus muitos devaneios que ajudaram a construir sua derrota.
A presença de alguns poucos de alguma forma nos devaneios, em parte, se devia a uma mera questão de respeito ao alto cargo que exercícia. Está claro que não teve nenhum apoio ou estímulo que não de ingênuos patriotas que se prestaram a acampamentos ridículos e que hoje sofrem as prisões com exagero flagrante nas penas exaradas por um único magistrado.
Estes pontos precisam ficar claros, pois a habilidade desonesta procura sempre colocar as críticas ao momento estranho que vivemos a algum tipo de solidariedade ao equivocado homem público que acabou envolvido numa série de eventos, no mínimo, constrangedores, como o abandono do cargo para o exterior em avião do governo.
Os brasileiros que correram riscos em 64, para a salvação do Brasil que afundava, não merecem essa covarde campanha de desmoralização. E a omissão neste momento seria uma desonra. Portanto, que a reação seja feita dentro do respeito e sem arroubos com fins eleitoreiros. O Brasil está acima de tudo!
Publicado em: jornal Inconfidencia