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O Rio de Janeiro tem entre suas melhores tradições o trabalho social das primeiras-damas, discretas e devotadas à solidariedade independentemente de política e sempre na mais absoluta discrição. São muitos os exemplos, como os casos de Alzira Amaral Peixoto – que aprendeu o ofício com mãe, D. Darcy Vargas e transmitiu à filha Celina –, Emma Negrão de Lima, mais recentemente Lúcia Jardim Pezão e agora Analine Castro. Trabalho bonito, robusto, sem maiores despesas, sempre com a dignificante marca da discrição.
A advogada Heloisa Aguiar, especialista em responsabilidade social no ensino superior, com passagem positiva no projeto Lidera Rio, em parceria com o Sebrae-RJ, no Rio Inclui e no Instituto Superar, dirige o Rio Solidário desde o início deste governo. Seu trabalho, com apoio da presidente de honra da entidade, Analine Castro, a fez ser lembrada este ano, quando o governador Cláudio Castro achou por bem criar a Secretaria da Mulher, no que o Rio assume a vanguarda da luta para pôr fim a esta inacreditável onda de violência doméstica no Brasil e no mundo.
A equipe do Rio Solidário foi recrutada pelo critério da vocação para abraçar a justiça, a solidariedade, o amor e a generosidade. O jovem Himalaia Tuppy Galvão, por exemplo, tem se revelado um apóstolo da solidariedade humana e com seu carisma vem angariando apoios e emprestado calor humano à missão. E seu trabalho não atende apenas a proteção da mulher indefesa, mas também cuida da infância e dos deficientes. Outra referencia é a assistente social Monica Miranda, pela maneira humana com que exerce suas funções . Um bom ambiente de trabalho.
A secretária da Mulher, Heloisa Aguiar, certamente vai agilizar alguns pontos relevantes de resultados rápidos. Um deles se refere às dimensões dos banheiros nos espaços públicos, que necessitam de tamanho compatível com o uso. Nos eventos sociais em clubes, teatros, hotéis, o banheiro feminino tem sempre fila, pois o uso da mulher requer maior tempo e espaço. Também em locais em que a presença da mulher funcionária ou trabalhadora, é preciso que seja garantido o acesso a banheiros além dos masculinos. Detalhes que até aqui nunca foram observados. Não se trata apenas de equiparação salarial, mas especialmente das condições de trabalho e garantia de trato respeitoso que se traduz em medidas racionais do dia a dia de empresas e repartições. No âmbito do Estado do Rio, o recado do governador parece ter sido claro no que toca a importância que oferece a proteção da mulher.
A ação policial rigorosa no Rio, no combate ao crime nas comunidades, se insere nesta preocupação do governo, pois a mulher, a adolescente, é vítima maior da violência. A Secretaria tem projeto de creches e atenções às adolescentes nas comunidades para atender a mãe arrimo de família, trabalhadora, para que possa sair de casa despreocupada. Chocam as notícias de abusos de infratores contra meninas nas comunidades.
A sociedade precisa saber que existem pessoas devotadas a uma ação solidária, por vocação e voluntariado. E nosso Estado não está ausente desta responsabilidade.
Publicado em: Jornal Correio da Manhã 19/04/23