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A sociedade fluminense já sabe que política não produz empregos, nem renda, nem qualidade de vida. Política é um instrumento de progresso econômico e social, da abertura de oportunidades para os mais jovens. Não basta empregos, mais sim bons empregos.
Leonel Brizola nos legou o exemplo de que governar é mais do que ter posições políticas. Manteve excelente relacionamento com presidentes de lados opostos, como João Figueiredo e Fernando Collor, que, inclusive, o derrotou na eleição presidencial. Com isso, o Rio ganhou obras relevantes como a Linha Vermelha.
Sérgio Cabral, Pezão e agora Cláudio Castro fazem parte dos pragmáticos, em nome do interesse público. Outros governadores preferiram trocar recursos e obras por um proselitismo político que os levaram ao ostracismo. Um deles, na ingratidão do presidente que o elegeu, nada fez pela obsessão por lutar para roubar dois anos no mandato a ser definido na Constituinte, e ainda por cima foi derrotado. E o povo pagou a conta.
Embora a leitura da última pesquisa eleitoral mostre que efetivamente quem tem a preferência do eleitorado é o atual governador, pois é menos conhecido ainda em comparação com o seu principal opositor, é sempre bom alertar para os perigos de termos, eventualmente, um governante que venha a repetir erros do passado, dando prioridade à política ideológica, a hostilizar o capital, a promover o aparelhamento do Estado. O Rio não resiste a uma aventura desta, sendo que a atual ameaça vem de um militante radical, que trocou de camisa numa tentativa de parecer menos perigoso. Mas não é.
Já na disputa pelo Senado, onde não existe o segundo turno, o perigo é grande, pois o bloco democrático está muito pulverizado, abrindo espaço para a candidatura única de esquerda leviana. Até o PT, nacionalmente radical, tem no Rio candidato equilibrado e de bom senso, que é o deputado estadual André Ceciliano, assim como o ex-prefeito de Caxias, uma liderança na Baixada, Romário, candidato a reeleição. Mas as três candidaturas podem eleger o candidato que sabe agradar a mídia esquerdista e a “esquerda caviar” e, certamente, nada poderá obter para o Estado.
Cada cidadão fluminense precisa ter consciência da importância do pleito regional. A situação é grave, o Estado vem se recuperando e não pode sofrer o retrocesso de eleger militantes ideológicos, indiferentes ao sofrimento de uma imensa população que precisa de emprego, de melhoria na saúde e na segurança pública. Os candidatos da esquerda são do grupo que se preocupa mais com a integridade dos bandidos do que com a população e os agentes da lei. É hora de pensarmos e alertarmos distraídos.
Publicado em : Jornal Correio da Manhã 14-04-2022