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Algumas medidas práticas exigem que a Prefeitura de Petrópolis tenha parcerias com o Estado e a União. Uma das mais urgentes seria a solução das obras do Minha Casa Minha Vida, paradas por problemas na empresa. Seria o caso de se licitar para outra terminar e o processo de cobrança não afetar o andamento das obras, aliás, quase que concluídas.
A necessidade de aumentar a arrecadação municipal, oferecer mais e melhores empregos, passa pela atração de investimentos na indústria, que já foi relevante no município em setores empregadores como o têxtil. Seria o caso de uma operação que envolvesse o BNDES na oferta de financiamento à indústria nacional já existente para abrir uma unidade na cidade. Com vontade e determinação, este é um caminho que não custa dinheiro, apenas ação e empenho. A crescente produção nacional do algodão, com qualidade e produtividade, poderia facilitar a atração de unidades fabris.
Nos anos 1960, Petrópolis tinha, inclusive, uma feira anual de sucesso voltada para a indústria. Era a FIP – Feira Industrial de Petrópolis, no Hotel Quitandinha, reunindo indústrias e fornecedores.
O setor gráfico, também com tradição, poderia ter algum tipo de vantagem fiscal por cinco anos, para revitalizar empresas e atrair novas. É próximo do Rio, com oferta de mão de obra, agradável para se viver e trabalhar… Não é tarefa difícil atrair investidores.
Claro que é preciso um ambiente agradável ao investimento e não políticas demagógicas, metidas a socialistas, que já custam muito ao município, inclusive na criminosa ocupação de suas encostas com custos dramáticos, como os que ocorrem todos os anos. Este ano foi maior, mas, desde que a demagogia ganhou espaços na cidade, as chuvas que sempre vieram no verão passaram a ter efeitos de tragédia.
Preservar o centro histórico, impedir sua desconfiguração, é fator fundamental para sobrevivência do turismo, que tem como atrativo maior ser a Cidade Imperial. Divulgar a história da cidade, seus moradores relevantes, nobre e expoentes da República que moraram e estão enterrados em seu cemitério merece um trabalho maior.
Mostrar consideração com os moradores não habituais, e os aposentados que buscam a tranquilidade e o clima ameno. No entanto, impõe-se como prioridade a segurança pública, visto que os números de roubos e assaltos têm crescido. E a conservação de seus logradouros. Itaipava, distrito de maior presença no comércio e na arrecadação municipal, por exemplo, ficou semanas com o abandono das obras de pavimentação que estavam em curso.
Enfim, ou a sociedade faz ver ao prefeito que não é hora de fazer política e homenagear opositores dos governos do estado e da União, ou a crise vai se aprofundar, com retorno difícil em médio prazo. Fica o alerta!
Publicado em: Diário de Petrópolis – 13-03-22