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Copacabana é o bairro mais emblemático do Rio. Populoso, núcleo da classe média, atração internacional e palco do maior evento para o turismo, que é o seu Réveillon.
Infelizmente, após as remoções de favelas da Zona Sul, nos governos Lacerda e Negrão de Lima, nada mais foi feito e o bairro passou a ter favelas monumentais, como Cantagalo, Pavão, Pavãozinho, Tabajaras e as do Leme, Chapéu Mangueira e Babilônia, com forte reflexo na segurança pública. Os diferentes governos se mostraram incapazes ou desinteressados em garantir a orla marítima e a região com hotéis. A população de rua, por si só, basta para assustar qualquer turista.
Um crime esta falta de união entre os entes públicos, no mesmo momento em que o setor privado exibe uma rede hoteleira de altíssimo nível, como os Fairmont, Copacabana Palace e Emiliano Rio.
Esta semana foi denunciada a transformação da rua Dias da Rocha numa lixeira a céu aberto. O bairro perdeu cinemas e vem perdendo restaurantes de referência. A situação provoca a desvalorização dos imóveis, inclusive os de alto padrão na Avenida Atlântica, que já foi o endereço mais nobre da cidade. Intolerável greve na COMLURB , serviço essencial. A Prefeitura deveria de publicar salários e vantagens da categoria. Fazem um bom trabalho e ganham bem.
O próprio entorno, atração turística, como é o caso de Petrópolis, que está sendo sufocada pelo cimento, sem infraestrutura para acolher o aumento da população, e pela favelização, que já não respeita o centro histórico. Até a encosta do Museu Imperial, um dos mais visitados do Brasil, tem denúncia de ocupação ilegal. A subida da serra em breve terá as dimensões da Rocinha. O acesso ao, Galeão pede uma nova via .A Linha Vermelha já não atende..
Urge um olhar sobre estes dois aspectos, quando se verifica um desejo da sociedade de refundir a cidade e o Estado. E o setor privado vem mostrando disposição.
Publicado em: Correio da Manhã 27-08-2021