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Os trunfos do Rio de Janeiro, para continuar a ser o Estado de maior repercussão na vida brasileira, são os setores cultural, histórico e religioso, além de suas belezas naturais. Vale pelo conjunto que forma de maneira tão marcante e inquestionável.
São Paulo tem o mais importante museu do Brasil, o Assis Chateaubriand, MASP; e Minas, o da Inconfidência; Bahia, o Carlos Costa Pinto. Mas o Rio tem o mais visitado, que é o Museu Imperial, de Petrópolis; o Museu Nacional de Belas Artes, o Histórico e o Nacional; o mais importante Museu de Arte Moderna; o do Amanhã; o Rio Mar. Todos de nível internacional. Há ainda a Biblioteca Nacional, talvez a mais importante da América Latina, o singular Real Gabinete Português de Leitura, pelo acervo e a arquitetura manuelina preciosa, e o Museu da Imagem e do Som, com o melhor acervo do país.
A arte religiosa, importante no Brasil, tem igrejas de referência em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, mas é no Rio que estão as mais ricas e presentes na nossa história, especialmente no centro da cidade, no padrão das principais capitais do mundo católico europeu. Temos, inclusive, a antiga Sé, que guarda fragmentos dos restos mortais de Pedro Álvares Cabral, onde foi coroado o Rei de Portugal D. João VI e nossos dois imperadores, e realizados seus casamentos e os da Família Imperial.
Aqui, no Rio, foi fundada e tem sede a Academia Brasileira de Letras, que está a um passo de recuperar sua carioquice com a eleição de Ricardo Cravo Albin. E o admirável Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, onde tinha assento o Imperador D. Pedro II e muito bem instalado em prédio inaugurado, quando do sesquicentenário da independência, pelo presidente Emílio Médici. A Academia Imperial de Medicina, hoje Nacional, a Fundação Oswaldo Cruz, os centros de pesquisas e tecnologia do setor elétrico e da Petrobras, o modelar Instituto Militar de Engenharia e a Escola Naval. É um Rio que precisa ser lembrado e valorizado.
Os palácios da nossa história estão todos aqui, o Tiradentes, o Pedro Ernesto, o Museu do STF, o Paço Imperial, o Catete, o Itamaraty, a Casa de Rui Barbosa, Laranjeiras e Guanabara, o Teatro Municipal e as modernas casas de espetáculos, todas de grande porte e bem equipadas.
No caso do Rio, o patrimônio cultural, artístico, arquitetônico, religioso e musical, é fonte de empregos, de turismo de qualidade, de orgulho para todos. E ainda por cima tem Corcovado, Pão de Açúcar, Copacabana, Floresta da Tijuca e Jardim Botânico. É demais para ser ignorado pelas autoridades.