A verdade na história parece que está sendo restabelecida, pelo menos em ralação à II Guerra Mundial. A começar pela França, onde uma série de livros começa a mostrar que não eram poucos os franceses que apoiavam o governo de Vichy, do General Petain, e não resistiam no território ocupado pelos alemães, que incluía Paris. Já não se esconde, por exemplo, que o pioneiro na arquitetura moderna, Le Corbusier – que, no Brasil, tinha Oscar Niemeyer e Lucio Costa como discípulos – simpatizava com o regime de Mussolini, na Itália. Assim como o secretário da Cultura de Petain era o grande pianista Alfred Corteaux.
No Brasil, especialmente em São Paulo, deixou de ser tabu que os mais importantes empresários de origem italiana – os Matarazzo e os Crespi, por exemplo – eram simpatizantes e colaboradores de Mussolini e, por tal, receberam títulos de nobreza do Rei Vítor Emanuelle. Em 1938, antes da guerra, é claro, Edda Mussolini Ciano, filha do dirigente italiano, casada com o Conde Ciano, Chanceler da Itália, esteve em São Paulo e foi recebida com todas as honras pelo governador Adhemar de Barros. E se trata com naturalidade questões omitidas em relação a Mário de Andrade, pela blindagem que a esquerda promove a seus adeptos. Sem tirar o mérito do grande intelectual, ele fez declarações infelizes sobre judeus e seria homossexual.
Agora o livro A Guerra do Paraguai (Planeta do Brasil) tem uma versão moderna, fruto de pesquisa e texto de formato jornalístico de Luiz Octavio de Lima. Nada como o tempo!