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É da melhor tradição brasileira a presença das classes produtoras no debate político através das entidades de classe ou mesmo do exercício de mandatos por eleição.
As duas mais antigas associações comerciais do Brasil, com mais de 200 anos, a da Bahia e a do Rio de Janeiro, sempre estiveram presentes com nomes representativos na política como no mundo empresarial. Na Bahia, no século passado, foram relevantes Miguel Calmon, deputado e ministro da Fazenda, e o empresário João Sá, de prestígio nacional. No Rio, desde o Barão de Mauá, Barão de Oliveira Castro, Conde Pereira Carneiro, a Manuel Ferreira Guimarães, Rui Gomes de Almeida, Rui Barreto, Antonio Carlos Osorio, Raul de Góes, deputado federal, e o embaixador Marcílio Marques Moreira, ministro da Fazenda. Em Minas, Magalhães Pinto, banqueiro, deputado senador, governador e ministro. Em São Paulo, Brasílio Machado, deputado, Paulo Maluf, prefeito, governador e deputado, e Guilherme Afif, deputado, ministro e candidato a presidente.
Na indústria, presenças de parlamentares como Albano Franco, Euvaldo Lodi e Monteiro Filho; e no comércio, com Jessé Pinto Freire, e João Daudt, que foi presidente da ACRJ e influente interlocutor do presidente Vargas. Nos transportes, Clésio Andrade, senador e vice-governador de Minas; na agricultura, com os senadores Flávio Britto e Kátia Abreu. Todos atuantes na defesa da livre empresa no Brasil.
A voz do empresário é a do progresso e do desenvolvimento. Sem empresários, sem empreendedores, não há circulação de riqueza, nem geração de empego e renda.
Talvez no debate nacional, em meio à crise para tudo quanto é lado, de apreensão generalizada, falte a palavra dos homens que comandam o processo econômico, indispensável para a paz política e social.
Publicado em: Correio da Manhã 07/11/25
